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Saúde

Médicos explicam diferenças de remédios para emagrecer

A pedido de A Tribuna, especialistas explicam benefícios de remédios injetáveis e orais. Um deles está em análise para liberação no País


Imagem ilustrativa da imagem Médicos explicam diferenças de remédios para emagrecer
O balconista Pedro Louzada diz que, apesar do valor, há grande procura pelos injetáveis, devido aos resultados |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Além de mudanças de hábitos, o tratamento para a perda de peso envolve medicamentos cada vez mais eficazes. As opções vão de terapias orais a injetáveis. Mas quais são as diferenças entre esses remédios? Médicos ouvidos pela reportagem explicam.

A endocrinologista Sabrina França esclarece que os medicamentos orais aprovados para obesidade são sibutramina e orlistate.

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“A sibutramina age inibindo a recaptação de adrenalina e serotonina. Isso faz com que esses neurotransmissores gerem saciedade. Já o orlistate age a nível intestinal, inibindo 30% da absorção de gordura do alimento no intestino. Parte da gordura do alimento será liberada intacta nas fezes e, com isso, o paciente emagrece”.

Contendo duas substâncias ativas, a naltrexona e a bupropiona, o Contrave é uma das novidades orais para a perda de peso, de acordo com o endocrinologista Mario Sergio Zen. “A bupropiona é um antidepressivo, e a naltrexona, um antagonista opioide. Elas fazem com que o hipotálamo (parte do cérebro que regula o apetite) mande impulsos para uma via anorexígena, diminuindo a fome”.

Entre as opções injetáveis, estão as canetas, produzidas, inicialmente, para tratar diabetes.

Com princípio ativo da semaglutida, um análogo de GLP-1, hormônio intestinal, o Ozempic é um dos remédios para obesidade, de uso semanal, mas cuja finalidade é o tratamento de diabetes, segundo explica a endocrinologista e professora da Multivix Lia Fiorin.

“Falamos que seu uso é off-label (fora da bula), porque os estudos mostraram que, para a obesidade, a dose teria de ser maior do que tem na caneta do Ozempic, que é de 1 mg para a diabetes. Para a obesidade, a dose é 2,4 mg. Agora foi aprovada a dose de 2,4 mg com nome de Wegovy, para a obesidade, mas ainda não chegou às farmácias”.

Recém-aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, o Zepbound (tirzepatida) tem ação nos receptores de dois hormônios produzidos no organismo, GLP-1 e o GIP, que atuam no nível glicêmico do sangue e na sensação de saciedade. O remédio está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Segundo os estudos, a medicação com a maior potência na perda de peso até o momento é tirzepatida que apresentou perdas de peso acima de 25% nas doses mais altas da medicação (15 mg)”, destaca a endocrinologista e médica pesquisadora Camila Pitanga Salim.

Segundo o balconista Pedro Louzada, apesar de o valor ser mais caro, há grande procura pelos injetáveis, devido aos resultados.


Orais

Sibutramina

É um inibidor da recaptação da serotonina e da noradrenalina nas terminações nervosas do Sistema Nervoso Central e esta ação tem efeitos de saciedade, inibindo o apetite.

Há contraindicações, como para pacientes com história de doença cardiovascular. A depender da marca, o remédio pode ser encontrado a um valor de R$ 90.

Orlistate

Age a nível intestinal, segundo a endocrinologista Sabrina França, inibindo 30% da absorção de gordura dos alimentos no intestino. Essa gordura será liberada intacta nas fezes, contribuindo para o emagrecimento. O valor médio do remédio é de R$ 60.

Contrave

A combinação de naltrexona + bupropriona atua no cérebro reduzindo o apetite, de acordo com o endocrinologista Mario Sergio Zen. Foi aprovado para o tratamento de adultos com obesidade ou sobrepeso, que apresentam ao menos uma comorbidade, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou dislipidemia (colesterol alto).

Age tanto na fome fisiológica quanto na fome emocional. Tem valor médio de R$ 600.

Injetáveis

Saxenda

Liraglutida, princípio ativo do medicamento, tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. A liraglutida é um fármaco da mesma classe do famoso Ozempic (semaglutida), os análogos de GLP-1. Tem uso diário.

O valor varia de acordo com a quantidade de miligrama (mg). O valor médio de 6 mg é de R$ 900.

Ozempic

O remédio tem como princípio ativo a semaglutida e simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino que regula a glicemia (nível de açúcar no sangue) e as respostas da saciedade. De uso semanal, sua finalidade é o tratamento de diabetes, segundo explica a endocrinologista Lia Fiorin. Tem indicação fora da bula para tratar a obesidade.

O valor médio de 1 mg é de R$ 1.080.

Wegovy

Em janeiro, a Anvisa aprovou o Wegovy para obesidade, com o mesmo princípio ativo do Ozempic, mas em dose diferente. Apesar de aprovado, o novo medicamento não chegou às farmácias. A previsão é que o remédio custe mais de R$ 2 mil.

Mounjaro e Zepbound

Tendo a tirzepatida como princípio ativo, os remédios agem em análogos duplos, o GLP-1 e GIP (substâncias produzidas por células endócrinas intestinais), atuando no controle do nível glicêmico do sangue e na sensação de saciedade, sendo o Mounjaro indicado para tratamento de diabetes tipo 2 e Zepbound, para obesidade. Apesar de aprovado pela Anvisa, o Mounjaro não chegou às farmácias, e o Zepbound está em análise pela Anvisa.

Indicações

A indicação da medicação deve ser feita sempre por um médico especialista, alerta a endocrinologista Camila Pitanga. Ela ressalta ainda que cada paciente responde de forma diferente.

Opiniões

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|  Foto: Gustavo Forattini/AT
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|  Foto: Aquiles Brum

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