Mão robótica vai ser testada em vítimas de acidentes
Equipamento, feito a partir de impressão 3D, possibilita que pessoas que tiveram o braço amputado realizem tarefas simples
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Pacientes que tiveram parte do braço amputado em acidentes têm uma nova esperança: pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão desenvolvendo uma mão robótica que possibilita a realização de tarefas simples do dia a dia, como segurar um copo.
A prótese, feita a partir de impressão 3D, será testada por pacientes do Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha. Os testes começaram nesta sexta-feira (12).
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O estudo, coordenado por pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Ufes, conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
A prótese faz parte do trabalho de doutorado da estudante de Engenharia Elétrica Laura de Arco Barraza e do aluno de mestrado Felipe Ramirez. O projeto de pesquisa é coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica Camilo Rodríguez. Ele explica que a mão robótica já foi submetida a um teste inicial e agora outros testes serão realizados para melhorar o dispositivo.
“Foram selecionados sete pacientes, entre 20 e 50 anos, que tiveram amputação transradial, abaixo do cotovelo. Esse tipo é mais comum de acontecer em acidente de trabalho”, explica.
“Nosso objetivo agora é fazer um teste de funcionalidade. Vamos levar a nossa versão da prótese e ver com os usuários o que dá para melhorar. Queremos ouvir a necessidade do usuário final. A ideia é em quatro anos termos um produto”, destaca Camilo.
A prótese tem, no total, 14 graus de liberdade acionadas por um motor. Os graus de liberdade dos dedos são flexão, extensão, abdução e adução. Por ser fabricada em 3D, se torna mais barata e acessível, podendo ser produzida com um custo médio de R$ 2 mil.
Rodrigo Varejão, diretor-geral da Fapes, ressalta que o protótipo é leve e a ideia é transformá-lo em um produto. “Nossos pesquisadores têm um relacionamento com uma empresa da Inglaterra que trabalha com robótica e já vemos com bons olhos de acontecer no final desse processo uma transferência tecnológica”.
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Mão robótica
A prótese é feita a partir de impressão 3D. Tem, no total, 14 graus de liberdade acionadas por um motor. Os graus de liberdade dos dedos são flexão, extensão, abdução e adução.
Por ser confeccionada a partir da impressão 3D, a prótese se torna mais barata e acessível, podendo ser produzida no laboratório com um custo médio de R$ 2 mil.
Por ter apenas um motor, a torna mais leve para o usuário, além de consumir pouca energia e ter uma duração de bateria mais prolongada.
Movimentação
Embora o dispositivo tenha movimentos limitados, os pesquisadores explicaram que os tendões flexíveis se ajustam no momento de fechar e pegar objetos, se adaptando à estrutura dele, podendo segurar materiais como copo, escova de dentes e pente.
O Sensor Hand, prótese da mão, tem por objetivo reduzir o impacto negativo que pessoas sentiram ao ter o membro amputado. Segundo os pesquisadores, o dispositivo foi desenvolvido com robótica macia para melhorar a interação com o usuário, funcionando a partir de um motor que facilita o movimento de abrir e fechar a mão, além de ser baseada na tecnologia soft robotics, fazendo com que tenha uma maior similaridade com o corpo humano.
O protótipo foi impresso para a mão direita, mas há um projeto para a impressão da mão esquerda.
Teste inicial
O protótipo foi testado funcionalmente por uma pessoa amputada e os resultados mostram que a prótese pode ser utilizada na realização de tarefas do cotidiano e, por conta disso, foi feita uma parceria com o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), onde serão realizados testes de funcionalidade com mais pessoas com o intuito de melhorar o dispositivo para a necessidade dos usuários.
Melhorias
Nesta sexta-feira (12) foram iniciados testes com mais sete pacientes com o intuito de melhorar o dispositivo para a necessidade deles.
A previsão dos pesquisadores é que em quatro anos o protótipo possa ser comercializado.
Fontes: Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
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