X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Saúde

Maioria dos brasileiros toma remédio sem consulta médica, aponta pesquisa

Automedicação é feita por nove em cada dez brasileiros, aponta pesquisa. Especialistas alertam sobre os riscos desse hábito à saúde


Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos brasileiros toma remédio sem consulta médica, aponta pesquisa
Entre os perigos da automedicação está retardar o diagnóstico médico e o tratamento correto da doença |  Foto: Canva

Nove em cada 10 brasileiros tomam remédio sem prescrição médica no Brasil. É o que aponta uma pesquisa sobre o mercado farmacêutico realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Apesar de ser um hábito extremamente comum entre os brasileiros, especialistas alertam sobre os riscos da automedicação para a saúde.

A médica, pediatra e toxicologista referência técnica das intoxicações exógenas da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), Rinara Machado, ressalta que um dos perigos da automedicação é o paciente achar que está tratando a doença quando, na verdade, está retardando o diagnóstico e o tratamento correto.

“Outro problema que acontece com bastante frequência é o paciente tentar buscar, na internet, um falso diagnóstico e um falso tratamento, que não são adequados para aquilo que ele realmente tem. É aí que acontece a automedicação”.

Além do risco de intoxicação ao medicamento, quando utilizados sem prescrição médica, o paciente pode enfrentar ainda os efeitos colaterais dos fármacos.

“O paciente, ao se automedicar, pode usar um determinado medicamento em uma dose incorreta, e pode, dependendo do tempo que ele usa esse medicamento, ter alterações hepáticas, renais, hematológicas ou neurológicas, porque o medicamento tem os seus efeitos adversos”, disse Rinara Machado.

Virgínia Altoé Sessa, médica oncologista clínica, ressalta que a automedicação pode mascarar os sintomas e atrapalhar um possível diagnóstico.

“De maneira geral, pacientes que têm algum sintoma sempre tentam controlá-los antes de procurar atendimento médico. Se o sintoma for persistente e caso o paciente continue fazendo uso de automedicação, o diagnóstico pode até surgir, mas de forma tardia, o que atrapalha e diminui as chances de cura”.

Outro perigo é a automedicação, mesmo após o diagnóstico e a prescrição correta.

“É comum que, pacientes com o mesmo diagnóstico, compartilhem informações sobre medicamentos. A primeira coisa que eu sempre respondo quando alguém me pergunta sobre automedicação é, 'as doenças são diferentes, portanto, os tratamentos são diferentes'”, finaliza Virgínia Altoé Sessa.

Saiba mais | Problema de saúde pública

>> Pesquisa

- Nove em cada dez pessoas no Brasil tomam remédio sem receita médica.

- A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Ciências, Tecnologia e Qualidade (ICTQ).

- Levantamento revela que 86% dos brasileiros usam medicamentos sem consultar um médico.

- Desses, a maioria são mulheres, pessoas economicamente ativas, que possuem ensino superior e maior poder aquisitivo.

- Além disso, 68% dos entrevistados afirmaram usar a internet para buscar ajuda sobre questões de saúde.

- Em 2022, a investigação ouviu 2.099 pessoas, em 151 municípios. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, no nível de confiança de 95%.

>> Automedicação

- A automedicação é tão grave, que se tornou um problema de saúde pública para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

>> Os sintomas

- A automedicação acontece principalmente para tratar sintomas como:

- 65% dor de cabeça

- 50% gripe e resfriado

- 38% febre

- 37% dores musculares

- 6% ansiedade

- 6% insônia

- 5% estresse

- 3% perda de peso.

>> Histórico

- Em 2014, o ICTQ identificou que 76% da população declarava se automedicar sem qualquer reserva.

- Em 2016, esse índice variou para 72%; em 2018 cresceu para 79%, e em 2020 subiu para 81%.

>> Riscos

- Intoxicação

- Reações alérgicas

- Resistência aos remédios

- Dependência.

Fonte: Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ).

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: