Jornalista que luta contra a depressão: "No lugar da tristeza, eu escolhi sorrir”
No início, ela confessou que se viu no fundo do poço, mas buscou forças e vem superando a doença
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Há cerca de cinco anos, a jornalista Joviana Venturini Pinto, que tem 51 anos, que sempre se destacou pelo seu alto astral, travou uma luta contra a depressão.
No início, ela confessou que se viu no fundo do poço, mas buscou forças e vem superando a doença.
Joviana destacou o quanto um sorriso no rosto, a fé, o apoio de amigos e o tratamento médico são fundamentais nesse processo.
A Tribuna: Em que momento recebeu o diagnóstico?
Joviana Estava em processo de divórcio de um relacionamento de 21 anos. Sempre fui uma pessoa alegre, falante, sociável, mas admito: cheguei ao fundo do poço.
Quais foram os primeiros sinais da doença?
Eu não dormia. Eu nunca quis me matar, mas eu não queria viver. Pensava que queria dormir e não acordar. Eu estava com sintomas físicos, sentia dor no estômago, mas não queria sair de casa, não queria me relacionar com as pessoas.
Fiquei cerca de um ano assim até que fui a uma médica. Lembro que estava com enxaqueca, dores de cabeça, mas na verdade era um sofrimento emocional. Eu desabei na consulta quando ela disse que eu precisava me tratar.
Como foi o tratamento?
Tive que recorrer à medicação. No começo eu ficava como zumbi, virei uma pessoa que não me emocionava mais. Mas não demorou para começar a sentir uma melhora. No lugar da tristeza, eu escolhi sorrir. Sei que isso não é receita para todos, cada caso é um caso. Mas a minha atitude positiva me ajudou muito e me ajuda até hoje.
Quando percebo que não estou tão bem, uso roupas coloridas, passo baton, ando dando bom dia para todo mundo na rua. Isso dá uma sensação de que eu estou atraindo coisas boas. A praia também é um lugar de refúgio, ouço o barulho das ondas, dou um mergulho, tomo sol, vejo as pessoas e volto mais renovada. Também gosto de passear com a Irene, a minha cachorrinha.
Toma medicação até hoje?
Não. Tomei por quase dois anos.
Acredita que está curada?
Acho que é algo que a gente tem que ficar em constante vigilância, porque já tive altos e baixos. Veio a pandemia, eu perdi seis pessoas da família em nove meses, perdi o meu melhor amigo, mas passei por isso sem medicação.
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Busque ajuda médica, tente pensar positivo, sorrir. Abra o coração, converse, tente não se isolar, se cerque de amigos. Se você crê em Deus, ore, peça colo, peça socorro. Isso faz toda a diferença.
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