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Saúde

Higiene bucal pode até reduzir o risco de câncer

Dentista alerta que feridas, inflamações ou acúmulo de placa bacteriana se tornam focos infecciosos que afetam a saúde


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Você sabia que a saúde começa pela boca? Mais do que um ditado popular, essa é uma realidade confirmada por especialistas. Uma boa higiene bucal pode prevenir infecções, doenças cardíacas e até reduzir o risco de câncer.

“A higiene bucal adequada evita infecções e contribui para prevenir problemas no coração, além de uma série de outras doenças”, explica Márcia Mule, dentista e doutora em radiologia odontológica.

Apesar disso, cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo convivem com algum problema bucal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34 milhões de adultos perderam 13 ou mais dentes ao longo da vida. Outros 14 milhões vivem sem nenhum.

“Quando há feridas, inflamações ou acúmulo de placa bacteriana, essas estruturas podem se tornar verdadeiros focos infecciosos, afetando a saúde sistêmica”, explica a dentista, informando que a boca é uma das principais portas de entrada para bactérias, vírus e fungos.

Beatriz Coutens, dentista oncológica e periodontista, acrescenta que já está consolidada a relação entre doença periodontal – infecção que compromete gengivas, ligamentos e ossos que sustentam os dentes – e o risco aumentado de doenças cardiovasculares e cânceres, como os de boca e laringe.

“Nessas infecções, há liberação de substâncias chamadas citocinas pró-inflamatórias. Em níveis elevados, elas podem causar danos a outros órgãos do corpo”, explica.

A dentista Marlei Bonella reforça que, mesmo antes da dor aparecer, existem sinais que merecem atenção.

“Sangramento gengival, espontâneo ou durante a escovação, é sinal de inflamação”, aponta. Outros alertas incluem mau hálito persistente, sensibilidade ao frio ou calor, escurecimento dos dentes e mobilidade dentária.

“Quanto mais cedo for identificado o problema, mais simples e eficaz será o tratamento. Seu sorriso agradece!”, reforça. Ela também recomenda visitas preventivas ao dentista a cada seis meses.

Tratamento 

Dez anos sem cuidado 

Por 10 anos, o estrategista digital Marcelo Sobral, de 42 anos, não teve uma rotina adequada de cuidado com os dentes.

“Não tinha uma rotina adequada. Fiquei 10 anos sem fazer nada nos dentes”, diz.

Há cerca de dois anos, ele conta que um de seus dentes quebrou por causa de um “apertamento involuntário” – prática de apertar ou ranger os dentes.

“Meu dente trincou ao meio e não teve como recuperar, tive que retirar. Minha mordida também era toda torta”, explicou.

Na reta final do tratamento, Marcelo tem um conselho para os leitores: procurar bons profissionais e fazer um acompanhamento regular.

“A manutenção sairá muito mais barata do que correr atrás do prejuízo, sem contar a autoestima de poder sorrir sem medo”, diz o estrategista digital.

Saiba Mais 

Problemas cardíacos

Negligenciar a saúde bucal pode levar a doenças periodontais (inflamações na gengiva e nos tecidos de suporte dos dentes, como os tecidos ósseos), que facilitam a entrada de bactérias na corrente sanguínea.

Endocardite bacteriana é uma infecção no revestimento interno do coração (endocardio), geralmente causado por bactérias.

Bactérias da boca podem entrar na corrente sanguínea por meio de gengivas inflamadas ou feridas e se alojar no coração, especialmente em pessoas com doenças cardíacas pré-existentes.

Doenças cardiovasculares (aterosclerose, infarto, AVC): doenças periodontais crônicas liberam mediadores inflamatórios no sangue, que aumentam o risco de formação de placas de gordura nas artérias, que podem levar a infartos e derrames.

Diabetes

pessoas com essa doença têm maior risco de desenvolver periodontite, que pode dificultar o controle glicêmico. A inflamação gengival dificulta o controle da glicemia, criando um ciclo vicioso.

Doenças respiratórias

Aspiração de bactérias da cavidade oral, especialmente em pessoas acamadas ou com dificuldades de deglutição, pode causar infecções pulmonares, como pneumonia.

Doenças renais

Inflamações bucais constantes podem piorar o quadro renal, pois mantêm o organismo em um estado inflamatório contínuo.

Câncer

A má higiene bucal, associada ao tabagismo, álcool e HPV, aumenta o risco de câncer bucal. Além disso, processos inflamatórios prolongados podem contribuir para alterações celulares e favorecer o surgimento de outros cânceres.

Parto prematuro e baixo peso ao nascer

há relação entre doenças gengivais e complicações na gestação. Infecções periodontais podem estimular a liberação de prostaglandinas e citocinas inflamatórias que induzem o trabalho de parto precoce.

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