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Saúde

Fila de espera por transplante de córnea triplica no ES

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que, em 2019, eram 280 pacientes, mas hoje são 889 pessoas na lista


Imagem ilustrativa da imagem Fila de espera por transplante de córnea triplica no ES
Paciente faz exame: 228 pessoas fizeram transplante de córnea em 2022 |  Foto: Freepik

O número de pacientes à espera de um transplante de córnea no Brasil quase dobrou nos últimos cinco anos.

De acordo com relatório feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), em 2019 havia  12.212 pacientes esperando pela cirurgia, mas esse número saltou para 24.319 atualmente.

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Os dados no Espírito Santo não são diferentes. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 280 pacientes constavam na lista de espera em 2019. No entanto, esse número triplicou e, hoje, chega a 889.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Maria Machado, ressaltou que diversos motivos explicam o número elevado.

“As cirurgias de transplante de córnea foram suspensas durante a pandemia  por serem eletivas, e tivemos uma queda nas doações. Além disso, os pacientes não tinham fácil acesso ao oftalmologista para fazer uma avaliação devido ao risco da covid-19. Agora que podem, esse número explodiu”, afirmou a coordenadora.

A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho. Ela é responsável por proteger o órgão, além de ser necessária para uma visão adequada. Quando ocorre uma complicação nesse tecido, um transplante passa a ser necessário para evitar problemas mais graves, como a cegueira.

No ano passado, cerca de 13.979 transplantes de córnea foram realizados em todo o Brasil. Já no Espírito Santo, o número de pacientes beneficiados foi 228.

Para que a cirurgia seja realizada, o órgão doado passa por uma triagem rigorosa capaz de avaliar se a córnea está apta para ser destinada a outra pessoa. Mas outro problema dificulta o processo: a negativa familiar.

“Cerca de 60% dos familiares no Espírito Santo não aceitam doar esse órgão em específico. Então hoje nós enfrentamos muitos obstáculos que fazem com que essa fila aumente”, lembrou Maria.

Uma das causas que leva a família a desistir da doação é o medo de o rosto do doador ficar deformado, no entanto, a coordenadora explicou que isso não acontece.

“Uma prótese é inserida após a captação da córnea, evitando alterações no rosto. Esperamos que as famílias digam sim para a doação, para que tenhamos condições de melhorar a qualidade de vida de outra pessoa. Todos estão predispostos a precisar do transplante. As chances de sermos receptores são maiores do que de sermos doadores”, ressaltou ela.

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Idoso faz exame oftalmológico: são diversas as doenças que podem ser tratadas com o transplante de córneas, como a chamada ceratocone |  Foto: Freepik

Transplante de córnea

A cirurgia de transplante de córnea consiste na troca da córnea doente por outra sadia e transparente, com o objetivo de restabelecer a visão.

Aproximadamente 90% das córneas doadas têm condições de serem transplantadas. No entanto, elas passam por uma triagem rigorosa capaz de avaliar se o órgão está apto para ser entregue ao receptor.

Todas as córneas doadas são cadastradas, avaliadas e preservadas pelos Bancos dos Olhos.

Por meio  do Sistema Informatizado de Gerenciamento de Pacientes, é feita a seleção do receptor, obedecendo a uma fila única estadual.

Um doador desse tecido é capaz de atender até duas pessoas que aguardam pela oportunidade de fazer a cirurgia.

Quem precisa do transplante?

São diversas as doenças que podem ser tratadas com o transplante de córneas. Uma delas é a ceratocone, que leva à deformidade progressiva da córnea, podendo causar opacidades graves, dor e cegueira.

No entanto, acidentes ou infecções como traumatismos, perfurações, queimaduras químicas, infecções por herpes, entre outras, também podem levar à opacidade da córnea e cegueira, fazendo com que o paciente necessite do transplante.

Números

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, cerca de 13.979 transplantes de córnea foram realizados em todo o Brasil no ano passado.

No Estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o número de beneficiados em 2022 foi 228.

Em relação ao número de pacientes na fila do transplante de córnea, mais de 24.300 aguardam pela cirurgia em todo o Brasil.

Atualmente, no Espírito Santo, cerca de 889 pessoas estão esperando a oportunidade de realizar a cirurgia.

Como ser um doador?

Para ser um doador, os familiares precisam estar cientes da sua vontade, pois são eles quem vão autorizar a captação dos órgãos, após a constatação da morte.

Por isso, é importante dialogar com a família e informar o seu desejo de ser um doador.

No Espírito Santo, cerca de 60% das famílias optam por não realizar a doação das córneas. Muitas vezes por medo de alguma “deformação” do rosto da pessoa.

No entanto, é importante ressaltar que, após a captação da córnea, a equipe médica realiza a implementação de uma prótese, que garante que o rosto não tenha nenhuma alteração.

Fontes: Sesa, entrevistada e Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

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