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Saúde

Febre oropouche: doença que matou 2 no Brasil já tem 407 casos confirmados no ES

Até então, nenhum óbito da doença havia sido registrado, o que surpreendeu médicos. Doença é transmitida pelo mosquito maruim


Imagem ilustrativa da imagem Febre oropouche: doença que matou 2 no Brasil já tem 407 casos confirmados no ES
Mosquito maruim é um dos transmissores da febre oropouche |  Foto: Divulgação / Fiocruz

A confirmação das mortes de duas mulheres com menos de 25 anos, sem doenças prévias, pela febre Oropouche, na Bahia, colocou o Brasil em alerta.

O Espírito Santo já contabiliza 407 casos da doença, segundo a última atualização feita ontem no Boletim Epidemiológico até a semana 29 (20/07). Até o momento, nenhuma morte é investigada no Estado.

Os municípios capixabas com mais registros da febre Oropouche são Laranja da Terra (112), Rio Bananal (75), Colatina (49), Anchieta (30), Ibiraçu (22), São Gabriel da Palha (21) e Fundão (18). Outras 20 cidades também tiveram casos este ano.

Causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim, a doença tem sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya.

Até então, nenhuma morte pela doença havia sido registrada na literatura científica mundial. De acordo com o infectologista Crispim Cerutti, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a descoberta deixa a todos surpresos.

“Não esperávamos, nesse momento, encontrar esse tipo de evolução da doença viral. Mas isso é um retrato do que está acontecendo, em termos gerais, no mundo, com a expansão de diversas doenças”, destaca.

Uma das possíveis explicações para essas expansões, segundo Cerutti, são as alterações climáticas, que favorecem as doenças transmitidas por vetores, como insetos, mosquitos e carrapatos.

“A mudança climática favorece a reprodução deles, aumentando a transmissão do vírus, havendo mais oportunidades para haver mutações e a doença mudar de comportamento. É o que vemos acontecer no País”.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Orlei Cardoso, lembra que os primeiros registros do vírus no Estado aconteceram de fevereiro para março deste ano.

“Temos acompanhado os pacientes do Estado, que 90% apresentam febre, cefaleia (dor de cabeça), vômitos e dor muscular. Como a doença pode se confundir com a dengue, estamos focando na coleta da amostra laboratorial, porque somente dessa forma é possível identificar se é febre Oropouche”.

Entre os casos da doença registrados no Estado, Orlei destaca que 59% são em homens.

SAIBA MAIS

Sintomas

São parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

A orientação é que, na presença de sintomas, a pessoa procure por uma unidade de saúde.

Gravidade

Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas.

Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais.

Tratamento

Não há tratamento específico disponível.

As medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores, seja por meio de recursos de proteção individual (uso de roupas compridas e de sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas).

Fonte: Sesa e Ministério da Saúde.

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