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Saúde

Enchentes no RS podem piorar situação da dengue no estado

Água contaminada que está represada nas ruas pode causar outra série de doenças, afirma especialista


Imagem ilustrativa da imagem Enchentes no RS podem piorar situação da dengue no estado
De acordo com a Defesa Civil, no Rio Grande do Sul, até esta terça-feira, foram registradas 90 mortes em razão dos temporais que atingem o estad |  Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O número de casos de dengue pode aumentar nas próximas semanas no Rio Grande do Sul devido aos alagamentos que atingem o estado há uma semana, segundo infectologistas ouvidos pela reportagem nesta terça-feira (7).

O problema pode ocorrer após a água presente nas ruas das cidades baixar e ficar concentrada em algumas estruturas. O mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, deposita seus ovos à beira de água parada, os quais eclodem quando a temperatura está alta.

Paulo Behar, infectologista e professor da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), explica, porém, que o possível aumento nos casos de dengue é uma preocupação secundária no momento. Segundo o médico, a combinação entre inundações e clima ameno prevista para os próximos dias no estado provavelmente retardará a proliferação do mosquito.

A água contaminada que está represada nas ruas pode causar outra série de doenças, como leptospirose, hepatite A, tétano, infecções de pele e gastroenterite, afirma.

"Há o risco de surto de leptospirose, uma doença que pode comprometer vários órgãos do corpo, como o rim, pulmão e sistema nervoso central. É uma enfermidade que pode ser muito grave. Sobre a dengue, no momento, talvez até diminuam um pouco os casos, mas em poucas semanas a situação pode piorar bastante", afirma o médico.

O especialista diz ainda que as águas que inundam as cidades representam riscos para a saúde, pois as enxurradas provocam a destruição da rede de encanamento de água e esgoto, misturando substâncias.

Behar recomenda que aqueles que moram em áreas que não estão inundadas revisem a carteira de vacinação para garantir que estão protegidos contra as doenças que podem ser prevenidas, como hepatites.

Raquel Stucchi, médica infectologista e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), afirma que além das enfermidades que podem ser contraídas pelo contato com a água, a concentração de pessoas em abrigos aumenta a chance do risco de doenças respiratórias, como gripe e Covid-19

"Também existem as doenças que são transmitidas de pessoa para pessoa, como sarampo, caxumba e rubéola", diz.

A médica orienta a evitar contato com a água. Para isso, é indicado utilizar botas de cano alto feitas de plástico (tipo galocha) e luvas de limpeza para não tocarem na lama. A médica também recomenda o uso de desinfetante para limpar utensílios de cozinha antes de usar, e consumir apenas água potável.

"Ainda, não se deve consumir nada cru neste momento. A tendência é que a água que vem da torneira esteja barrenta e possa contaminar os alimentos. Por isso, é necessário cozinhar. Ao primeiro sinal de febre, dor no corpo, diarreia ou vômito, é essencial procurar assistência médica", diz Stucchi.

De acordo com a Defesa Civil, no Rio Grande do Sul, até esta terça-feira, foram registradas 90 mortes em razão dos temporais que atingem o estado. O boletim divulgado ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 131 desaparecidos e 362 feridos.

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