Com medo de surto no Santa Rita, doadores de sangue deixam de ir ao Hemoes
Secretário da Saúde reforçou que o epicentro do surto infeccioso é restrito à ala de internação de enfermaria do SUS, que foi fechada
 
	Doadores de sangue têm deixado de ir ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo (Hemoes) devido a informações falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
“Temos doadores constantes deixando de ir ao Hemoes, porque o prédio fica do lado do Hospital Santa Rita”, afirmou o secretário.
Ele reforçou que o epicentro do surto infeccioso é restrito à ala de internação de enfermaria do SUS, que foi fechada. Um dos três centros cirúrgicos, que fica anexo à ala, também está fechado.
Hoffmann afirmou que as demais atividades do hospital estão funcionando, sem recomendação sanitária nem para dentro e nem para fora do hospital. “Não há obrigatoriedade do uso de máscara”.
O secretário frisou que não há razão para que os doadores deixem de ir ao Hemoes e nem que os pacientes faltem aos tratamentos.
“O Estado tem feito um investimento muito grande na modernização dos equipamentos, como os de radioterapia, e a falta ao tratamento prejudica e pode agravar o estado de saúde da pessoa”.
Para ser caso suspeito, a pessoa precisa ter estado no Santa Rita a partir de 20 de setembro, ter circulado na ala sob investigação e apresentar sintomas compatíveis.
“Frisamos que não há transmissão de pessoa para pessoa. As informações devem ser consultadas no site da Sesa e nos veículos de imprensa”, destacou.
Resultado dos exames sai na segunda-feira
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou nessa quinta-feira (30) que a investigação sobre o surto de infecção que vem ocorrendo no Hospital Santa Rita, em Vitória, seguirá até o próximo domingo (02).
“A previsão é de que o resultado das análises seja divulgado na segunda-feira”, afirmou o secretário de Saúde, Tyago Hoffmann.
O número de casos suspeitos subiu para 90. Na quarta-feira, eram 88 notificações. Os dados são do boletim diário, divulgado pela Sesa.
De acordo com Tyago Hoffmann, o boletim mantém a secretaria em alerta máximo, mas ele considera que não houve, praticamente, aumento de casos totais. O número de casos suspeitos entre trabalhadores aumentou.
“Desses 90 casos, 70 são de trabalhadores – eram 63. Treze casos são de acompanhantes – eram 15. E de pacientes são sete casos, eram 10 casos na quarta-feira”, pontuou o secretário.
Hoffmann destacou que alguns casos de pacientes e acompanhantes foram descartados, à medida que a investigação evolui e nota-se que não há conexão entre os sintomas apresentados.
Ele destacou a redução no número de internados totais de 20 para 14. Houve queda no número de internados em enfermaria, de 15 para 12, e também nos de UTI.
“Dos cinco casos de UTI, restam dois. Dois foram de alta para a enfermaria e um foi descartado como suspeito”, explicou o secretário de Saúde.
Em relação aos exames que podem apontar o patógeno (vírus, fungos e bactérias) causador do surto, que serão divulgados na segunda, o secretário afirmou que se não forem encontrados, os testes vão continuar.
Os exames, inclusive, foram ampliados em três frentes. Primeiro, repetindo nos novos casos suspeitos os testes já feitos e que descartaram, nas amostras anteriores, patógenos como covid, influenza A e influenza B.
Segundo, expandindo o número de patógenos mais raros investigados, à medida que não foram identificados os que normalmente causam doença respiratória aguda, nas amostras. E na terceira frente, incluindo novos testes, mais complexos, para investigação.
“Desde o início temos dito, e tem se confirmado, que o epicentro foi no hospital, na ala específica, sem transmissão de pessoa para pessoa. Por mais que ainda não se saiba o patógeno, há o aumento das altas”, afirmou Hoffmann.
ENTENDA
Números
Ao todo, foram contabilizados ontem 90 casos suspeitos, sendo 7 pacientes, 13 acompanhantes e 70 trabalhadores do Santa Rita.
Entre os suspeitos, 14 permanecem internados, sendo dois na UTI e 12 na enfermaria.
Entre estes internados, 9 são trabalhadores do hospital, três são pacientes e dois, acompanhantes.
Hoje, seis municípios registram internações de casos suspeitos: Cariacica (2), Colatina (1), Guarapari (1), Serra (4), Vitória (5) e Linhares (1).
Altas
Foram cinco altas (Vitória) e 2 transferências de UTI para enfermaria (Serra e Cariacica).
Um caso de internação na UTI na Serra foi descartado por não atende aos critérios de caso suspeito.
Sintomas
Os sintomas eram gerais, como febre, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar geral. As pessoas identificaram como uma virose.
Em torno do quarto dia, os pacientes começaram a ter tosse e alguns, com dor torácica. Esses funcionários buscaram o Hospital Santa Rita.
Entre o terceiro e o quarto a procurarem o hospital foram feitos exames de raio-X de tórax e tomografia.
Os casos foram comparados e a equipe do hospital entendeu que se tratava de algo diferente.
Fonte: Tyago Hoffmann, secretário de Estado da Saúde, Carolina Salume, infectologista do Santa Rita e boletim da Sesa.
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