Campanha Nacional de Vacinação deve atender 750 mil no ES até o fim do mês
Iniciativa acontece em todo o País e busca atualizar esquema vacinal de crianças e adolescentes

A Campanha Nacional de Multivacinação está a todo vapor. Voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos, ela visa alcançar os que ainda não receberam as vacinas previstas no Calendário Nacional ou que estão com esquemas incompletos.
Segundo a Secretaria da Saúde, cerca de 750 mil pequenos no Estado deverão ter a caderneta avaliada para verificação da situação vacinal. A campanha começou na segunda-feira (06) e acontecerá até o dia 31 deste mês.
Danielle Grillo, referência técnica do Programa Estadual de Imunizações (PEI) da Sesa, informou que todos os municípios vão participar e que mais de 700 salas de vacinação estarão disponíveis para a iniciativa.
A técnica de enfermagem Jocileni Mantovaneli, por exemplo, trabalha na unidade de saúde de Jardim Camburi, que também vai participar da campanha.
Todas as vacinas que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente serão ofertadas.
Danielle disse que os responsáveis devem levar o cartão de vacinação da criança e do adolescente, junto com o CPF ou cartão nacional de saúde dos jovens.
“Se a família perdeu o cartão de vacinação, mesmo assim deve buscar o serviço. A equipe faz a imunização conforme a idade e o histórico disponível no sistema”.
Larissa Grobério Perim Lopes, alergista e imunologista, afirmou que a vacinação é uma das intervenções de saúde mais eficazes no aumento da expectativa e da qualidade de vida ao prevenir doenças que poderiam causar incapacidades permanentes e estimula o sistema imunológico a estar mais preparado para infecções.
“As vacinas reduzem significativamente a morbimortalidade por doenças infecciosas imunopreveníveis, diminuindo internações, sequelas neurológicas e respiratórias, e o uso de antibióticos”, disse.
Rafaela Altoé, infectopediatra do Hospital Santa Rita, afirmou que os efeitos colaterais mais comuns são dor no local da vacina e febre baixa, que são mínimos quando comparados ao risco das doenças que previnem.
Fique por dentro
Campanha Nacional de Multivacinação
O que é?
Voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos, visa alcançar os que ainda não receberam as vacinas previstas no Calendário Nacional ou daqueles que estão com esquemas incompletos.
A iniciativa está acontecendo em todo o Brasil. Ela teve início na segunda (06) e será finalizada em 31 deste mês.
No próximo dia 18, está programada uma ação de “Dia D” de mobilização.
No Estado
Todos os 78 municípios do Espírito Santo vão participar da iniciativa e 700 salas de vacinação estarão disponíveis para o serviço.
Ao ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para vacinação, leve o Cartão de Vacinação da criança ou do adolescente, junto com o CPF ou Cartão Nacional de Saúde deles.
Se não tiver o Cartão de Vacinação em mãos, vá do mesmo jeito.
As vacinas
Crianças menores de 7 anos
Obs: Considerar esquema vacinal incompleto ou não vacinado.
- BCG.
- Hepatite B.
- Penta (DTP/Hib/HB).
- Polio inativada.
- Rotavírus.
- Pneumocócica 10 valente (conjugada).
- Meningocócica C (conjugada) / Meningocócica ACWY (conjugada).
- Vacina Influenza trivalente (fragmentada, inativada).
- Vacina covid-19.
- Febre amarela.
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola-SCR).
- Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela-SCRV).
- DTP.
- Hepatite A.
- Varicela.
Crianças a partir dos 7 anos de idade e adolescentes menores de 15 anos
- Hepatite B.
- Febre amarela.
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola-SCR).
- Difteria e tétano adulto.
- dTpa.
- Meningocócica ACWY (conjugada).
- HPV quadrivalente.
Outra estratégia
Danielle Grillo, referência técnica do Programa Estadual de Imunizações (PEI), afirmou que, além da multivacinação voltada para o público menor de 15 anos, também está sendo ofertada a vacina contra o sarampo para a população de até 59 anos.
Sobre imunização
Por que é importante vacinar crianças e adolescentes?
Larissa Perim, alergista e imunologista, explicou que crianças e adolescentes são grupos mais suscetíveis às infecções porque o sistema imunológico ainda está em amadurecimento, com menor capacidade de produzir anticorpos e memória imunológica duradoura.
Além disso, quem nunca teve contato com o agente infeccioso não possui imunidade prévia, e, por isso, quando exposto pela primeira vez, a doença tende a ser mais grave, com maior risco de complicações e hospitalização.
Esse grupo também tem maior convivência em ambientes de grandes aglomerações, como escolas e creches, o que aumenta a exposição a vírus e bactérias, facilitando a transmissão de doenças.
Leva a uma melhor qualidade e expectativa de vida?
Rafaela Altoé, infectopediatra do Hospital Santa Rita, disse que vacinar significa reduzir as chances de adoecer, com isso menos riscos de sequelas por doenças, como a meningite e a paralisia infantil, que já provocaram danos físicos e psicológicos tanto na criança como na família.
Fonte: Sesa e especialistas consultadas.
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