“Ainda não tive melhora, o desespero só aumenta”, afirma enfermeira internada
Paciente, que preferiu não se identificar, está internada após apresentar sintomas que começaram há cerca de duas semanas
Uma técnica de enfermagem do Hospital Santa Rita iniciou na noite de ontem a oitava tentativa de antibiótico na luta contra uma doença ainda sem diagnóstico.
Ela, que preferiu não se identificar, está internada após apresentar sintomas que começaram há cerca de duas semanas: dores no corpo, dor de cabeça, febre baixa e tosse seca, mas sem coriza.
No início, ela tomou dipirona, mas percebeu que o quadro se agravava.
Ao procurar atendimento médico, foi submetida a um raio-X que não mostrou alterações e iniciou um tratamento com antibióticos, acetilcisteína e prednisolona — sem qualquer melhora.
Pelo contrário, a febre subiu para quase 39°C, acompanhada de fortes dores no peito e nas costas.
“No pronto-socorro, exames mostraram que minha taxa de infecção estava muito alta. Uma tomografia revelou um quadro sugestivo de pneumonia viral, e, diante da falta de resposta aos antibióticos, a equipe médica decidiu me internar”, contou.
Apesar do medo do quadro se agravar ainda mais, até o momento ela não foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Continuo sem previsão de alta. Ainda não tive nenhuma melhora, o desespero só aumenta a cada dia. Estou cansada, com dor na região pulmonar, e agora, para piorar, comecei a sentir enjoo. Não sei se é pela medicação forte, mas vou observando”, revelou.
Ela começou a tomar um novo medicamento na noite de ontem e mantém a esperança de que seu organismo irá reagir.
“Devo tomar esse remédio por mais 7 a 10 dias, não sei qual o nome, nem qual será o resultado. Também tive dor de cabeça duas vezes. Já consigo ficar sem o cateter, mas ainda me canso ao andar. Faço fisioterapia duas vezes por dia. Meu pulmão estava tomado, mas agora o nível de infecção está diminuindo.”
Isolamento
A técnica de enfermagem está em isolamento, com um acompanhante. “Não posso ficar sozinha por causa do cansaço.”
Ela descreve a sua rotina como entediante. “Não posso sair do quarto. Só vou até o banheiro e volto para a cama”.
Enquanto isso, busca força na fé. “Passo o dia rezando e pedindo a Deus para ser curada. Os médicos ainda não suspeitam de nada. Dependemos dos resultados das análises para que eu e outros pacientes possamos vencer essa doença misteriosa. É a minha esperança e de todos que estão internados por causa dessa infecção”, finalizou.
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