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Saúde

Adolescentes buscam ajuda para se livrar do vício em cigarro eletrônico

De acordo com a Sesa, somente no ano passado, 70 pacientes com menos de 18 anos buscaram tratamentos para deixar de fumar


Imagem ilustrativa da imagem Adolescentes buscam ajuda para se livrar do vício em cigarro eletrônico
A oncologista Juliana Alvarenga aponta que os cigarros eletrônicos podem causar câncer e doenças respiratórias |  Foto: Leone Iglesias / AT

No mês dedicado à conscientização quanto ao câncer de pulmão – o Agosto Branco – o uso dos cigarros eletrônicos preocupa especialistas. Adolescentes e jovens já têm procurado atendimento para deixar o vício.

Segundo levantamento realizado pela Coordenação Estadual de Controle do Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em 2022, foram registrados 12 pacientes menores de 18 anos e 2.204 na faixa etária de 18 a 59 anos que buscaram tratamento contra cigarros em geral, incluindo os dispositivos eletrônicos.

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Já no ano passado, foram 70 pacientes menores de 18 anos e 3.400 pacientes na faixa etária de 18 a 59 anos de idade.

A pneumologista do Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano, Kristiane Rocha Moreira Soneghet, explicou que apesar de terem cheiro melhor – por causa de aromatizantes – os dispositivos eletrônicos para fumar estão longe de serem inofensivos.

“Eles têm produtos que, uma vez aquecidos, podem trazer diversos problemas para as vias respiratórias, assim como problemas de circulação, levando a doenças coronarianas”, disse Kristiane.

Ela destacou a preocupação com o uso desde muito cedo, ainda na adolescência. “Muitas pessoas começam a usar pela moda, pelo exemplo, mas não sabem que eles têm concentração maior de nicotina que cigarros convencionais”.

Imagem ilustrativa da imagem Adolescentes buscam ajuda para se livrar do vício em cigarro eletrônico

Ela ainda destaca que o SUS oferta tratamento contra o tabagismo, que tem sido buscado inclusive por jovens com dependência em cigarros eletrônicos.

A oncologista clínica e oncogeriatra Juliana Alvarenga Rocha ressaltou que os cigarros eletrônicos podem causar diversos males a saúde como câncer e doenças respiratórias, dentre elas a Evali (lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico).

Além delas, ainda podem ser responsáveis por doenças cardiovasculares como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. “Pode causar ainda inúmeras outras, haja vista o desconhecimento de todos os seus componentes. Uma vez que o cigarro eletrônico não possui venda permitida no Brasil, não há fiscalização sobre a produção”.

Para os adolescentes, ela destacou que pode afetar o desenvolvimento cerebral e causar distúrbios de aprendizagem.

“Estudos mostram consistentemente que adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm quase três vezes mais probabilidade de fumar cigarro na vida adulta”.

Você sabia?

Descrita pela primeira vez nos Estados Unidos em 2019, a Evali (sigla em inglês para “lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico”) causa dores no peito, taquicardia, falta de ar, tosse constante, náuseas, vômitos, problemas abdominais e perda de peso, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).


Saiba mais

Cigarro eletrônico

De acordo com Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar estão proibidas no Brasil, especialmente os que alegam substituir cigarros ou auxiliar no tratamento do tabagismo.

No entanto, esses dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) têm se tornado populares entre os jovens, em especial devido aos sabores variados.

Números

Pessoas que buscaram tratamento para combater tabagismo

2022: 3.031

2023: 4.578

Riscos

O Ministério da Saúde alerta que o uso de cigarros eletrônicos com nicotina causa diversos malefícios à saúde, incluindo:

Dependência;

Traumas por explosões;

Agravamento de doenças respiratórias;

Doenças cardiovasculares;

Acidente vascular cerebral;

Disfunções metabólicas;

Asma;

Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema);

Doenças bucais.

Tipos de dispositivos

Cigarros eletrônicos: São dispositivos que aquecem uma solução líquida, geralmente contendo nicotina, água, aditivos de sabor e aroma, propilenoglicol e glicerina, produzindo um aerossol (vapor), inalado pelo usuário.

Cigarros aquecidos ou produtos de tabaco aquecido: São dispositivos que produzem aerossóis com nicotina e produtos tóxicos ao aquecer ou ativar o tabaco.

Vaporizadores de ervas secas: aquecem o tabaco picado ou outras ervas, produzindo vapor.

Produtos híbridos: os dispositivos combinam características de cigarros eletrônicos e vaporizadores de ervas secas, possuindo dois reservatórios: um para ervas picadas e outro para líquido.

Tratamento

O tratamento é ofertado em 66 municípios do Espírito Santo por equipes multidisciplinares.

O usuário passa por uma avaliação clínica, e posteriormente, ocorre a inserção do indivíduo em um grupo para acompanhamento por equipe de saúde.

Em muitos casos há necessidade de medicações, psicoterapias e reposição de nicotina através de gomas de mascar ou adesivos, para ajudar a lidar com a ansiedade e compulsão.

O tabagista pode procurar informações de tratamento no município. Outra possibilidade é solicitar informações sobre o atendimento pelo telefone do Programa Estadual de Controle do Tabagismo: (27) 3636-8206, que atende de segunda-feira a sexta-feira, no horário das 8h às 17h, ou enviando e-mail para [email protected]

Faixa etária

Em 2022 eram 12 pacientes menores de 18 anos, 2.204 pacientes na faixa etária de 18 a 59 anos e 815 pacientes com 60 anos ou mais.

Já em 2023, eram 70 pacientes menores de 18 anos, 3.400 pacientes na faixa etária de 18 a 59 anos e 1.108 pacientes com 60 anos ou mais.

Dicas para deixar cigarro

Busque por apoio profissional, orientação médica e ingresse em programas de cessação tabágica, que oferecem suporte especializado e estratégias eficazes para deixar o cigarro.

Identifique e evite gatilhos, e reconheça os momentos, atividades ou emoções que costumam desencadear o desejo de fumar e encontre alternativas saudáveis para lidar com essas situações.

Mantenha-se ativo. A prática regular de exercícios físicos não apenas ajuda a reduzir o desejo por cigarros, mas também melhora o humor e promove o bem-estar geral.

Adote uma alimentação saudável, priorize alimentos ricos em nutrientes e evite alimentos processados e ricos em gorduras saturadas, contribuindo para a saúde do corpo e a recuperação dos danos causados pelo tabaco.

Encontre suporte social, compartilhe sua jornada com amigos, familiares ou grupos de apoio, encontrando conforto e motivação na companhia de pessoas que compreendem seus desafios.

É importante que se tenha a consciência de que cada passo dado na direção certa é um investimento no bem-estar presente e futuro do próprio indivíduo.

Fonte: Sesa.

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