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Saúde e bem-estar

Tratamentos e cirurgias mais modernas chegam aos hospitais

Torre de Videocirurgia, microscópio cirúrgico e terapia fotodinâmica são algumas novidades oferecidas no ES


Imagem ilustrativa da imagem Tratamentos e cirurgias mais modernas chegam aos hospitais
Gustavo Adolfo Pavan, cirurgião geral do Hospital Estadual Dório Silva, disse que o local recebeu três novos equipamentos |  Foto: Fábio Nunes/AT

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontam que apenas 25% da população brasileira têm acesso a convênios de saúde. São cerca de 50 milhões de pessoas de um total de 203 milhões.

No Espírito Santo, 1.275.010 têm planos de saúde, segundo a ANS. Considerando a população total de 3.833.712, mais de 2 milhões dependem do SUS. Porém, um dos maiores receios de quem utiliza o sistema é depender de internações e cirurgias. Para resolver alguns gargalos, tratamentos e cirurgias mais modernas estão chegando aos hospitais do Estado.

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Com o objetivo de aumentar a quantidade de cirurgias nos hospitais estaduais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) adquiriu 20 unidades de Torre de Videocirurgia, no valor de mais de R$ 7 milhões. A tecnologia auxilia na maior precisão dos procedimentos.

Os equipamentos podem ser utilizados por especialistas em cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, ginecologia, urologia, entre outros.

Um dos hospitais beneficiados com os novos aparelhos é o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra. O cirurgião geral Gustavo Adolfo Pavan Batista explicou que o hospital recebeu três novos equipamentos. “Já operamos por videolaparoscopia há alguns anos. Com as novas torres, podemos aumentar a produção cirúrgica e o atendimento à população. As vantagens da cirurgia laparoscópica são muitas: os pacientes têm menos dor no pós-operatório e a recuperação é mais rápida”.

O subsecretário de Atenção à Saúde do Estado, Tadeu Marino, ressaltou que, devido à recuperação mais rápida, proporcionada pela cirurgia minimamente invasiva, é possível triplicar o número de cirurgias realizadas nos hospitais.

“Essa cirurgia diminui muito o tempo de permanência dos pacientes no hospital. Isso faz com que o tempo de espera diminua muito, além de ser um método menos invasivo”.

Um microscópio cirúrgico também foi adquirido recentemente pelo Estado para o Hospital Sílvio Avidos, em Colatina. “O equipamento, de cerca de R$ 800 mil, está sendo usado em neurocirurgias, podendo ser utilizado para tumores, AVC e até cirurgia de mão. Também estamos investindo em hospitais no interior do Estado”, destacou Marino.

Para este ano, segundo o subsecretário, há previsão de que sejam feitos mais investimentos em exames de imagens, como raio-X digitais, tomografias e ultrassonografia.

Os números

- 153 milhões de brasileiros dependem do SUS

- 2 milhões é o número de usuários do SUS no Estado

- 25% da população no País têm acesso a convênios de saúde

Nova tecnologia para câncer de pele

Imagem ilustrativa da imagem Tratamentos e cirurgias mais modernas chegam aos hospitais
Terapia fotodinâmica estará disponível a partir de março na rede pública |  Foto: Divulgação

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tipo de câncer de pele mais comum, o tipo basocelular superficial e nodular, terão um novo tratamento: a terapia fotodinâmica.

A nova tecnologia foi incorporada ao SUS pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado. A previsão é que ela esteja disponível até março à rede pública, de acordo com a portaria de incorporação.

À reportagem, o ministério afirmou que a terapia está em processo final para operacionalização da incorporação.

A tecnologia 100% nacional promete um tratamento rápido e com menos desconforto. O aparelho foi projetado pelo Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), permitindo o diagnóstico e o tratamento de câncer, sendo capaz de avaliar e tratar a doença no mesmo dia, evitando mutilações e procedimentos dolorosos.

“Segundo estudos apresentados durante a avaliação da sua incorporação, 85% dos tumores tratados com o procedimento foram eliminados, sem efeitos colaterais importantes, sem formação de cicatriz”, destaca a oncologista Sabina Aleixo.

Nesse novo tratamento, a lesão é preparada para receber a aplicação de um medicamento fotossensibilizante em creme na área afetada. A luz, então, é irradiada com um comprimento de onda adequado para ativar o fotossensibilizador e destruir o tumor. Todo o processo poderá ser realizado no próprio consultório médico e o tratamento pode começar poucas horas depois do diagnóstico.

Centro de especialidades e mais ofertas de consultas

A fim de agilizar o atendimento da população que necessita de consultas especializadas, municípios da Grande Vitória estão investindo em centros de especialidades e mais consultas.

Em Cariacica, o município está reformando um espaço localizado em Itacibá, com intuito de ser um centro de especialidade. Segundo a Secretaria de Saúde do município, há também um edital aberto para credenciamento de consultas especializadas como forma de complementação à oferta estadual.

Na capital, em dezembro, a Secretaria de Saúde de Vitória publicou o edital de credenciamento para oferta de consultas em neurologia e psiquiatria, para disponibilizar 69.990 atendimentos por ano.

Há também um convênio com a Santa Casa de Vitória para a oferta de consultas e exames especializados na área de oftalmologia, dermatologia, gastroenterologia, proctologia, endoscopia, colonoscopia e retossigmoidoscopia.

Também há parcerias com outras empresas para ofertar procedimentos em cardiologia e em urologia.

Na Serra, a prefeitura está licitando duas novas unidades básicas de saúde, uma localizada em José de Anchieta II (Solar de Anchieta) e outra em Parque Jacaraípe.

No fim do ano, as UPAs de Castelândia, Serra-Sede e Carapina ganharam novos aparelhos de eletrocardiograma com telediagnóstico, laudos e resultados que chegam pela internet para os médicos.

130 mil vão ser beneficiados

Pacientes que dependem de cirurgias eletivas (cirurgia programada que não é considerada de urgência), muitas vezes, têm de esperar mais de seis meses pelo procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a finalidade de reduzir as filas de espera, o Estado planeja realizar este ano 130 mil cirurgias eletivas, de acordo com o subsecretário de Atenção à Saúde do Estado, Tadeu Marino.

No início do mês, o Ministério da Saúde anunciou um repasse de mais de R$ 23 milhões para o Estado, por meio do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF).

Assim como ocorreu no ano passado, quando foram realizadas cerca de 127 mil cirurgias eletivas no Estado, pacientes à espera de procedimentos oftalmológicos, ortopédicos, urológicos, ginecológicos, além de cirurgia geral, devem ser submetidos aos procedimentos este ano.

“Quando o ministério acrescenta esse recurso, ele nos dá a possibilidade de operarmos muito mais do que operávamos, isso é uma ajuda importante. O Estado, no ano passado, usou mais de R$ 80 milhões em recursos próprios para fazer cirurgias. Este ano, estamos incluindo mais hospitais e fazendo uma busca ativa nos hospitais do interior, colocando para eles quanto custa o procedimento para que possamos aumentar o volume de cirurgias”, destacou Tadeu.

Segundo o subsecretário, dentro de uma lógica, sempre haverá uma fila ou tempo de espera para a realização dos procedimentos eletivos.

“Colocamos dentro do nosso plano estadual de cirurgias eletivas que a partir do momento em que um paciente entra no nosso serviço, ele será operado, no máximo, dentro de seis meses. Esse é tempo que estamos trabalhando para a cada dia torná-lo tecnicamente aceitável”, explicou.

Mais 700 leitos em hospitais em até 2 anos

Em até dois anos, o Estado deve ganhar mais dois novos hospitais, com mais de 700 leitos.

Um deles é o Hospital Geral de Cariacica, que contará com mais de 400 leitos, segundo informou o subsecretário de Atenção à Saúde do Estado, Tadeu Marino.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a previsão é de que sejam realizados mais de oito mil atendimentos por mês no pronto-socorro e cerca de 120 mil atendimentos na UTI, UTI neonatal (Utin), maternidade e clínicas médicas e cirúrgicas, no hospital.

Marino informou ainda que também está em construção o Complexo de Saúde do Norte, em São Mateus, com 35% da obra realizada.

A unidade vai reunir diversos serviços de saúde, como o novo Hospital Roberto Arnizault Silvares, com 340 leitos, que será referência para 687.085 pessoas que moram na região Central e Norte do Estado.

Além da construção do hospital, no local é erguida uma estrutura anexa que vai abrigar o novo Centro Regional de Especialidade (CRE), a Farmácia Cidadã Estadual, o Hemocentro Regional e a nova sede da Superintendência Regional de Saúde Norte, o Centro de Ensino para Residências em Saúde, Rede de Frio e Centro de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

“São importantes essas entregas, também a da região Norte, porque sempre falamos da descentralização da saúde. O Estado está indo em direção de preencher aquele vazio assistencial na região Norte com esse grande complexo de saúde”, ressaltou Tadeu.

Rede privada investe em novo tipo de diálise

Ainda que boa parte da população dependa da rede pública de saúde, o número de beneficiários em planos de saúde tem aumentado, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2021, o Estado tinha 1.191.849 e em 2023 o número saltou para 1.275.010.

Para atender a essa demanda e prestar um melhor atendimento, a rede privada do Estado também tem investido em tecnologia. Entre as novidades está um novo tipo de diálise e exame de diagnóstico por imagem capaz de detectar tumores em todos os lugares do corpo (PET-CT).

O Hospital Santa Rita está finalizando uma obra para a instalação do aparelho PET-CT, com previsão de entrar em funcionamento no segundo semestre. O aparelho é capaz de identificar pequenos tumores e metástases em estágios iniciais, permitindo um diagnóstico mais precoce.

O hospital também adquiriu, no ano passado, duas máquinas de hemodiafiltração, e mais três máquinas chegarão este ano. O equipamento é um método avançado de tratamento renal, considerado o tipo de diálise que mais se aproxima da função fisiológica de um rim normal. Ao associar os processos de hemodiálise e hemofiltração, ele potencializa a capacidade de filtragem e eliminação de toxinas e de excessos de líquidos.

O Vitória Apart, segundo a diretora técnica Simone Tosi, conta agora com um microscópio neurocirúrgico. “Ele permite uma melhor definição da imagem. O aparelho possui ainda um corante que ajuda a ver os contrastes dos vasos sanguíneos, permitindo uma melhor precisão dos médicos”.

Já o Hospital Meridional Cariacica começa, neste ano, a realizar transplante de medula óssea (TMO), estando habilitado para realizar todos os tipos de TMO de quaisquer complexidades. A previsão é que neste semestre já sejam realizadas as primeiras cirurgias de transplante.

Análise

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Fabrício Otavio Gaburro Teixeira, presidente da Associação Médica do Espírito Santo (Ames) |  Foto: Divulgação

“É imperativo que a saúde seja acessível”

“Como presidente da Ames, destaco a importância de olharmos para dois lados essenciais da equação da saúde.

Se por um lado é crucial investir em tecnologias de ponta e garantir acesso universal a esses benefícios, por outro, não podemos negligenciar os investimentos na atenção básica.

Nos procedimentos simples, como exames e consultas, encontramos uma poderosa ferramenta para desafogar o sistema como um todo.

Investir na atenção básica é garantir que a população tenha acesso rápido e eficiente a cuidados preventivos, contribuindo para a redução de demandas nos procedimentos mais complexos.

Enfatizo que deve-se considerar ambos os aspectos: investir em tecnologias que elevem a qualidade dos procedimentos especializados, mas também direcionar recursos para a atenção básica, fortalecendo o alicerce do sistema de saúde.

É imperativo que a saúde seja verdadeiramente acessível a todos, independentemente da condição financeira ou cobertura de plano de saúde. O investimento em tecnologia médica aliado à atenção básica não apenas beneficia os pacientes, mas também promove eficiência e equidade no sistema de saúde como um todo.

Compreendo a complexidade desse desafio, mas o governo deve atuar de forma abrangente, garantindo que todos os cidadãos desfrutem do direito à saúde, conforme estabelecido no artigo 196 da Constituição Federal”.

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