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Cidades

Químico capixaba eleito para Academia Brasileira de Ciência


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O químico capixaba Wanderson Romão, de 37 anos, foi eleito para a Academia Brasileira de Ciência (ABC). A relação dos novos integrantes do colegiado foi divulgada na última quinta-feira (3). Wanderson é nascido em Colatina e professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) no campus de Vila Velha.

O cientista foi o único capixaba escolhido como um dos novos membros afiliados – jovens pesquisadores de excelência, com menos de 40 anos, que fazem parte dos quadros da ABC por um período de 5 anos, não renováveis – para atuar na área do Espírito Santo e região Nordeste.

A escolha para a academia aconteceu no dia em que Wanderson completou 37 anos. “A notícia chegou em uma excelente época. Foi um presentão que eu não esperava”, comemorou o químico.

E completou: “Reflete um trabalho de vários anos e de várias mãos. O sentimento é de realização profissional e fico honrado por ter conseguido chegar até lá. Agora, é trabalhar ainda mais. A indicação veio numa hora boa e isso dá para gente um pouco de esperança para continuar acreditando na ciência. Ela é o caminho para um País ser soberano”.

Imagem ilustrativa da imagem Químico capixaba eleito para Academia Brasileira de Ciência
Wanderson Romão vai representar o Estado na academia |  Foto: Divulgação

Professor do Ifes há oito anos, o químico também é membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde é coordenador do Laboratório de Petroleômica e Forense.

Apesar do nome difícil, a explicação sobre o trabalho desenvolvido no local é fácil. “A gente faz um estudo sobre o DNA do petróleo para mapear o perfil químico, na Petroleômica. O Forense é a atuação na Segurança Pública”, ensina ele.

O laboratório tem um convênio com a Polícia Civil, que foi renovado na última terça-feira (1), e ajuda a perícia em análise de científicas. Um dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo ajudou a desarticular uma quadrilha, que vendia óleo de soja como azeite e causou um prejuízo milionário em impostos sonegados, no mês passado. Após a descoberta, o Ministério da Agricultura proibiu a venda de nove marcas no País.

“Todas as análises do azeite apreendido foram feitas pelo laboratório. Analisamos 64 amostras e mostramos que tudo aquilo era óleo de soja. Foram de três a quatro meses de trabalho e a gente publicou dois artigos científicos, um deles em revista internacional. Isso virou até tese de doutorado e dissertação de mestrado”, revelou Wanderson.

O mandato do químico na ABC tem início em janeiro de 2021 e vai até o final de 2025.
 

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