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Papo do Dias

Quem paga a conta?


Imagem ilustrativa da imagem Quem paga a conta?
Jogadores do Grêmio protestaram contra a realização do jogo contra o São Luiz pelo Gauchão |  Foto: Lucas Uebel/Grêmio

É óbvio que as competições esportivas pelo Brasil afora têm de ser paralisadas por causa da pandemia do coronavírus. O esporte não vive numa redoma, isolado do restante da sociedade. Mas a decisão a ser tomada não é tão fácil como parece...

Usando o futebol como exemplo, jogadores e treinadores das principais equipes do País reclamaram, com razão, de entrar em campo no fim de semana pelos Estaduais. E não faz sentido, de verdade, fechar portões para impedir aglomerações nos estádios, mas deixar jogadores, comissões técnicas, dirigentes, funcionários da operação dos jogos, policiais, equipe médica e imprensa expostos como ficaram nas partidas em que foram obrigados a disputar.

Qual é a dificuldade, então, para decidir pela suspensão dos Estaduais? É, além de realocar as competições no já apertado calendário do futebol brasileiro – o que me parece impossível, ainda mais em ano de Olimpíadas e (mais uma!) Copa América, competições que ainda não foram canceladas –, saber quem vai pagar a conta.

Os clubes grandes devem ter menos dificuldade nesta questão. O problema está nos chamados clubes pequenos. Nestes, é habitual fazer contratos curtos com os jogadores. Vários deles de menos de seis meses, com duração até o fim dos Estaduais. Sem prazo para o fim das competições, os clubes menores teriam que renovar os contratos de seus elencos inteiros. Mas até quando? Ninguém sabe. E com qual dinheiro vão pagar as extensões? Ninguém sabe também. Já no domingo (15), alguns clubes menores manifestaram o desejo de que os Estaduais não fossem paralisados. Justamente pela questão financeira.


As Federações Estaduais arcariam com os novos gastos? Os patrocinadores do clube entenderiam a situação emergencial e renovariam automaticamente seus acordos em prol dos clubes? Afinal, quem paga a conta?

Esta é uma pergunta válida para TODOS os Estaduais em andamento. Nos “ricos” Carioca, Paulistão, Mineiro e Gauchão, ou mesmo no nosso Capixabão. No Espírito Santo, o Vitória – atual campeão e favorito ao bi – é um dos poucos que já fazem contratos longos com seus jogadores. E os demais, como ficam?

Esta é a pauta das reuniões marcadas para esta segunda-feira (16) em quase todas as Federações estaduais. Até domingo (15), apenas a Federação Mineira já havia se antecipado na decisão de suspender as próximas rodadas.

Outra questão

Imagem ilustrativa da imagem Quem paga a conta?
Honda usou máscara na entrada em campo de sua estreia pelo Botafogo |  Foto: Vitor Silva/Botafogo

A questão financeira é primordial na discussão sobre a suspensão ou não dos Estaduais. O calendário também. Mas há outro questionamento a ser feito: como fica a preparação dos times no período (indeterminado) sem jogos?

Se os jogos estão suspensos, os times vão manter os treinamentos? Também não faz sentido. Numa conta rápida, cada treino envolve, no mínimo, 60 pessoas aglomeradas (jogadores, comissão técnica, departamento médico, funcionários dos clubes, seguranças, porteiros...). De novo: ficarão todos expostos?

Outra dúvida: assim que os campeonatos forem liberados, como recuperar a parte física e técnica dos times? Os jogadores vão manter a forma em suas respectivas casas? Haverá nova pré-temporada? Seria o ideal. Mas e (de novo!) o calendário?

Sugestão

A paralisação dos campeonatos gera crise ainda maior financeira e também de calendário. Minha sugestão: encerrar os Estaduais. Repito: encerrar, e não apenas paralisar. Quem seriam os campeões? Os clubes que resolvam os critérios.

No caso de estados que não têm representantes na Série A e na Série B do Brasileiro, como é o Capixabão, ainda pode-se discutir a distribuição dos jogos pelo restante do ano. O prejuízo ficaria para Vitória e Real Noroeste, que vão jogar a Série D.

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