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Tempo e Temperatura

Calorão de cinco graus acima da média já preocupa especialistas

Desmaios e alteração na pressão arterial são mais frequentes. Médicos afirmam que há risco principalmente para crianças e idosos


Imagem ilustrativa da imagem Calorão de cinco graus acima da média já preocupa especialistas
Thiago de Souza recorre a um galão de água para se manter hidratado, além de usar chapéu e roupas compridas com proteção contra raios UV |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Que calor! O verão se despede nesta quarta-feira (20) e o mês de março já registrou cinco graus acima da média no Espírito Santo. As altas temperaturas na casa acima dos 30ºC e com sensação térmica superior a 40ºC preocupam médicos.

Karina Mazzini, médica dermatologista, por exemplo, faz um alerta quanto aos riscos à saúde, sobretudo para crianças e idosos.

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“Como o calor dilata as artérias, o sangue sai da circulação e fica meio preso no corpo, transpiramos. Então, a gente pode desidratar, pode ter aumento de frequência cardíaca e, assim, elevação da pressão arterial”, disse a médica.

Além disso, ela alerta as pessoas que têm tendência a ter pressão baixa: “A vasodilatação também pode baixar um pouco a pressão, dando tontura e fraqueza”.

Diante disso, ela orientou que as pessoas, primeiramente, tomem bastante água, em torno de três litros por dia. Se for sair ao sol, usar roupas leves, protetor solar e sempre renovar de três em três horas. Chapéu e óculos com proteção UV para proteger a retina também são fundamentais.

Karina Mazzini disse que as pessoas devem procurar ambientes frescos e com sombra e, se puderem, refrigerados. As dicas se estendem também a tomar mais de um banho por dia, sem ser com água muito gelada ou muito quente.

Quem também diz que o calorão é motivo de preocupação é a cardiologista Fernanda Bento. Segundo ela, várias pessoas estão passando mal, com sensação de desmaio e até desmaio provocado pelas altas temperaturas.

Ela conta que, além de crianças e idosos, as grávidas devem redobram os cuidados no calor, pois podem desidratar rápido.

Portanto, sugere que quem estiver perto monitore essas pessoas e ofereça água.

Além da desidratação, ela chama a atenção para as doenças respiratórias. “A gente acaba entrando em ambientes com ar-condicionado para refrescar e daqui a pouco sai no tempo quente”.

Kyssyanne Samihra Santos Oliveira, professora do Departamento de Ecologia e Oceanografia da Universidade Federal do Estado (Ufes), conta que os bairros com menos árvores, onde há concentração de prédios e asfalto acabam sofrendo mais com a onda de calor.

Em março e abril, como observa, a tendência é ter temperaturas acima ou dentro da média no Estado, mas, para maio, o cenário começa a mudar.

“Já no inverno, as temperaturas devem ficar acima da média. Isso não significa que não vai fazer frio, mas não deve ser tão rigoroso”.

Jeitinho para driblar a alta temperatura

O jeitinho encontrado pelo pedreiro Thiago de Souza, de 38 anos, para driblar o calorão foi beber bastante água de um galão que levou, além de usar um chapéu, enquanto trabalhava na obra do calçadão de Camburi, em Vitória.

A máxima nesta segunda-feira (18) na capital, às 11 horas, foi de 35 graus, com sensação térmica de 38ºC, segundo Vinícius Lucyrio, meteorologista do Climatempo.

Apesar de estar acostumado a trabalhar no verão, ele disse que na segunda o calor estava desafiador. “Foi bem difícil, estava bem quente. Além de beber muita água e usar chapéu, não abro mão de vestir camisa de manga longa contra os efeitos dos raios UV”.

Ele contou que um funcionário sentiu tontura, foi para o escritório e liberado para casa.


Calor intenso dará trégua

O outono começa oficialmente nesta quarta-feira (20), à 0h06, e se estende até as 17h51 do dia 20 de junho. Em várias parte do País, já haverá mudanças nas condições de tempo no primeiro dia da nova estação, devido ao avanço de uma nova frente fria.

A madrugada de quinta-feira vai ser instável sobre algumas cidades do centro-sul do Rio Grande do Sul. Com o avanço do sistema em direção ao Sudeste, as pancadas de chuva ganham mais intensidade. A passagem dessa frente fria encerra o período de bloqueio atmosférico e marca o fim da onda de calor no País.

Mas e no Estado? Na próxima sexta-feira (22), tem previsão de tempo fechado em várias regiões do País, além de tempo severo e chuvoso no centro-sul do Rio de Janeiro. Cidades do sul de Minas, região da Zona da Mata e parte do sul do Espírito Santo ficam em alerta para o risco de temporais, de acordo com a Climatempo.

Ivaniel Maia, meteorologista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), no entanto, disse que essa frente fria não deve chegar aqui no Estado.

Segundo ele, a sensação de “abafado” pode reduzir, mas ainda assim as temperaturas vão continuar elevadas, principalmente até sexta-feira.

“A virada de chave, para aliviar o calor, será a partir dos dias 23 e 24 (sábado de domingo), quando entra mais umidade marítima. A frente fria mesmo, com potencial de pancadas de chuva no Estado, está prevista para chegar ao Estado entre os dias 26 e 27 deste mês. A tendência é que a temperatura caia 4ºC”.

Já Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, reforça que a frente fria a partir do dia 26 pode amenizar o calor no Estado.

De acordo com ele, o outono tende a ser um pouco mais quente do que normal, mas a partir da segunda quinzena de abril as temperaturas ficarão mais amenas.

Apesar de março ainda trazer influência do El Niño, o fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical já está enfraquecido.

Já o La Niña é esperado no trimestre (junho, julho e agosto). O evento climático é caracterizado pelo resfriamento em grande escala da água superficial do oceano Pacífico Equatorial central e leste, juntamente com mudanças na circulação atmosférica tropical, que altera padrão de ventos, pressão e precipitação e costuma causar menor ocorrência de chuvas em algumas regiões, como é previsto para o interior do Estado, de acordo com Lucyrio.

Maiores temperaturas no País (segunda-feira, 18)

Cidades capixabas em destaque

Dois municípios do Estado registraram na segunda (18) as maiores temperaturas do País: Marilândia e Ecoporanga, ficando atrás apenas da cidade de Pão de Açúcar (Alagoas), onde a máxima atingiu 38,8ºC, às 15h.

Marilândia registrou 38,6ºC e Ecoporanga, 38,1ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A sensação térmica nas duas cidades, segundo o Climatempo, foi de 42,8ºC (ao meio-dia), em Ecoporanga; e 41,2ºC (às 11 horas), em Marilândia.

Cidades mais quentes no Estado (domingo, (17)

Cachoeiro de Itapemirim: 40,3ºC, sensação térmica de 48ºC.

Alegre: 38,5ºC, sensação térmica de 42ºC.

Presidente Kennedy: 38,1ºC, sensação de 43º.

Ecoporanga: 37,4°C, sensação térmica de 41º.

Marilândia: 37,2ºC, sensação térmica de 44º.

Linhares: 36ºC, sensação térmica de 48ºC.

Vitória: 36,9ºC, sensação de 41ºC.

Venda Nova do Imigrante: 33,2ºC sensação térmica de 36ºC.

Sufoco nas ruas

Imagem ilustrativa da imagem Calorão de cinco graus acima da média já preocupa especialistas
Vitor Pereira de Oliveira, de 31 anos, lavador de carros, usou a ducha para lavar o veículo e se refrescar em frente à praia de Camburi, em Vitória |  Foto: Kadidja Fernandes / AT
Imagem ilustrativa da imagem Calorão de cinco graus acima da média já preocupa especialistas
A sombrinha foi usada para se proteger e amenizar o calorão nas ruas |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

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