"Não recebi", diz Bolsonaro ao afirmar que Cid tinha autonomia sobre joias
A Polícia Federal investiga um esquema ilegal de venda das joias recebidas pela Presidência em agendas oficiais
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, tinha "autonomia" ao comentar o esquema de desvio e venda ilegal de joias. A entrevista foi dada ao jornal Estado de S. Paulo.
Bolsonaro diz que Cid agia com autonomia e que quer "clarear o mais rápido possível" o caso. A PF investiga um esquema ilegal de venda das joias recebidas pela Presidência em agendas oficiais.
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Na quinta (17), o novo advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, disse que o cliente confessaria à PF que agiu em nome de Bolsonaro e que todo o dinheiro da venda era entregue em espécie ao ex-presidente.
Nesta sexta-feira (18), porém, Bitencourt recuou e disse que o depoimento não vai tratar do caso das joias.
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AS SUSPEITAS DA PF
A PF aponta que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo. Outros indícios da participação do ex-presidente se deve ao fato de as joias serem levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB.
Uma das joias seria um conjunto composto por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário islâmico) rosa gold.
O advogado Frederick Wassef, trabalha na defesa de Bolsonaro, disse que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex dado por autoridades sauditas com a intenção de repassar o item para o governo federal.
Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores, diz trecho da manifestação da PF ao STF.
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