Lula remarca viagem para a China para 11 de abril
Lula terá outras duas reuniões políticas centrais: com o premiê chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) remarcou sua viagem para a China para 11 a 15 de abril.
Ele deveria ter embarcado inicialmente no último sábado (25), mas acabou cancelando a comitiva depois de receber diagnóstico de pneumonia. Desde então, o presidente despacha do Palácio da Alvorada.
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Já havia expectativa de que a viagem fosse no próximo dia 11, como mostrou a Folha de S.Paulo. Em encontro como presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta semana, Lula voltou a convidá-lo para a comitiva já com esta nova nova.
Eles estiveram reunidos por mais de duas horas e meia na noite de terça-feira (28), quando trataram também de temas econômicos e da crise do rito de análise de MPs (medidas provisórias).
O governo brasileiro aguardava o aval dos chineses para a nova data, o que agora ocorreu. Todas as agendas com autoridades estão mantidas.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, o encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, era a agenda mais esperada por aliados de Lula. Agora, a expectativa é de que a reunião ocorra entre os dias 13 e 14 de abril.
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Na reunião, estará em jogo no encontro a principal ambição do petista no cenário internacional: apresentar-se como facilitador de um diálogo pela paz na Guerra da Ucrânia, que já dura mais de um ano e tem impacto direto sobre a economia global.
O governo brasileiro já recebeu a sinalização positiva dos chineses de que Xi Jinping está disposto a tratar da situação na Ucrânia com Lula.
Lula terá outras duas reuniões políticas centrais: com o premiê chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.
No final de abril, Lula também tem outra agenda internacional: Portugal e Espanha. Já no mês seguinte, deve participar ainda da reunião do G7 no Japão.
A posição chinesa é considerada fundamental por Lula. O petista já conversou sobre o assunto com líderes ocidentais, como os governantes da Alemanha, Olaf Scholz; dos EUA, Joe Biden; e da França, Emmanuel Macron.
A receptividade desses líderes tem sido fria. Foram visíveis, por exemplo, as divergências entre Lula e Scholz sobre o tema durante visita do alemão a Brasília, logo no início do mandato do petista.
Macron, por sua vez, respondeu a uma publicação de Lula no Twitter convidando o brasileiro a discutir a crise internacional com base na proposta de dez pontos do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski uma lista de exigência considerada inaceitável por Moscou, por envolver não só a devolução de território como o estabelecimento de um tribunal especial para julgar crimes de guerra da Rússia.
Diante desse cenário, um respaldo da China à posição de Lula como possível interlocutor no processo é considerado fundamental para a diplomacia brasileira. Pequim é vista hoje como um dos únicos atores na arena global com condições concretas de influenciar Vladimir Putin.
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