João Coser: “Vou abrir e dividir em duas a Praça do Cauê”
Ex-prefeito prometeu ainda mais de 3 mil moradias no “maior programa habitacional” de Vitória, durante a sabatina da TV Tribuna
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Realizar concursos nas áreas de saúde, educação e segurança pública; dividir a Praça do Cauê em duas, para melhorar o trânsito; e integrar a Guarda Municipal às polícias Civil e Militar. Essas são algumas propostas que o candidato a prefeito de Vitória João Coser (PT) apresentou na sabatina da TV Tribuna.
As entrevistas são realizadas pelo jornalista George Bitti, de segunda a sexta-feira, às 11h15, ao vivo no Tribuna Notícias 1 Edição. Nesta quinta (19), é a vez da candidata a prefeita de Vitória Camila Valadão (Psol).
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A Tribuna - Você já foi prefeito por dois mandatos consecutivos na cidade. Por que quer voltar a comandar Vitória?
João Coser - "Nossa cidade está isolada e não tem projeto de desenvolvimento econômico ou social. Estamos de fora dos circuitos nacionais de turismo, cultura e esporte. É preciso reunificar a cidade. Depois de eleito, o prefeito não tem partido, religião, cor. Queremos uma gestão mais promissora. Eu, por exemplo, quero construir Centro de Convenções para criar empregos."
O que o senhor pretende fazer na segurança pública?
"Precisamos integrar nossa Guarda Municipal com as polícias estaduais e federais. Vou aumentar a Guarda. Eu já tinha feito concurso de 150 cargos na minha gestão e deixei encaminhado outro concurso, que o Luciano (Rezende, ex-prefeito de Vitória) deu seguimento.
Mas depois desse, não teve nenhum outro concurso para a área. Precisamos colocar mais gente para atuar na segurança pública.
A situação chegou ao ponto de a população passar a ficar presa em casa. É o único município do Estado que teve aumento no número de homicídios. Todo desafio que você tem, você precisa de ajuda. Ajuda federal, estadual, municipal e até da iniciativa privada. Quanto mais integrado, mais seguro.
E ainda tem a nossa iluminação pública. Está muito ruim. Precisamos clarear a cidade."
No passado, o senhor prometeu um metrô de superfície, que não virou realidade, segundo o senhor, por vários motivos, inclusive a não aceitação do governo estadual da época. Como vai tratar a mobilidade urbana?
"O VLT era importante. De todas as cinco cidades que apresentaram projeto desse tipo ao governo federal, só Vitória não construiu. Espero que algum governador chegue e faça.
Quem vai da Serra para Vila Velha fica mais de 2 horas dentro de um ônibus, não dá. Você poderia ter um sistema mais eficiente. Fiz várias obras importantes para a mobilidade e, antes delas, ninguém circulava em Vitória.
Quero uma via expressa que ligue Camburi a Bairro de Fátima, quero uma via passando por baixo da Ponte da Passagem e vou abrir a Praça do Cauê. Farei uma praça de cada lado, porque não faz sentido você ter de ficar fazendo aquela volta toda ali. Faço duas praças laterais e o trânsito vai fluir naturalmente ali."
Quais seus planos para reduzir o déficit habitacional na cidade?
"Vamos fazer o maior programa habitacional de Vitória, principalmente nas regiões periféricas. Quero tirar as casas do morro e criar grandes parques, com quadras esportivas por lá, fazendo apartamentos mais abaixo.
Pretendo fazer mais de 3 mil unidades de moradia, com o apoio do Minha Casa Minha Vida, e também com o programa do governo estadual.
O dinheiro que foi usado para fazer asfalto na atual gestão poderia tirar 1.100 pessoas do aluguel.
Até hoje só temos quatro Centros de Convivência de Idosos na cidade. Não tem médico suficiente nas unidades de saúde. A cidade está às traças."
Você pretende criar uma nova UPA. Onde será?
"Bairro República, Jardim da Penha ou Camburi. Faremos também uma nova na região da Praia do Suá, porque a atual não é suficiente.
Vamos melhorar a de São Pedro, com nossos próprios recursos, e as outras serão vinculadas ao Ministério da Saúde, ou seja, receberão recursos para obra e manutenção, algo que o atual prefeito não foi atrás de buscar.
Também daremos uma atenção maior à saúde mental. É uma doença que tem crescido dentro da sociedade, e há pouca atenção para essa área atualmente."
Fará concursos públicos para que áreas?
"Foco será na educação, saúde e também na segurança pública. Todo trabalho que necessite de profissionais efetivos, permanentes. Você precisa que professores e médicos sejam funcionários efetivos do município, para que haja continuidade."
O que pensa sobre voto impresso e porte de arma?
"Voto impresso é desnecessário. Porte de arma eu não concordo. Só deve ter porte quem é da área da segurança pública."
Veja o cronograma de entrevistas completo
Vitória
Quinta-feira (19): Camila Valadão (Psol)
Sexta-feira (20): Capitão Assumção (PL)
Segunda-feira (23): Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Dia 24: Du (Avante).
Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e João Coser (PT) já participaram, na última terça e quarta.
Vila Velha
Todos os candidatos da cidade já foram entrevistados, nas respectivas datas: 26 de agosto: João Babá (PT); 27 de agosto: Nícolas Trancho (Psol); 28 de agosto: Arnaldinho Borgo (Podemos); 29 de agosto: Coronel Ramalho (PL); 30 de agosto: Maurício Gorza (PSDB); 2 de setembro: Gabriel Ruy (Mobiliza).
Serra
Todos os candidatos da cidade já foram entrevistados, nas respectivas datas: Roberto Carlos (PT, 3 de setembro), Weverson Meireles (PDT, 4 de setembro), Antônio Bungenstab (PRTB, 5 de setembro), Wylson Zon (Novo, 6 de setembro), Pablo Muribeca (Republicanos, 9 de setembro), Audifax Barcelos (PP, 10 de setembro), Igor Elson (PL, 11 de setembro).
Cariacica
Todos os candidatos da cidade já foram entrevistados, nas respectivas datas: 12 de setembro: Euclério Sampaio (MDB); 13 de setembro: Ivan Bastos (PL); 16 de setembro: Célia Tavares (PT).
Regras
O candidato vai responder às questões elaboradas pelo apresentador.
Não é permitido citar outro candidato direta ou indiretamente, independente do cargo em disputa.
As questões serão elaboradas com base em grandes temas, como Saúde, Educação, Segurança Pública e também criação de empregos.
As perguntas devem ser respondidas em, no máximo, dois minutos, para que a dinâmica da entrevista seja mantida.
Não há ordem específica de temas escolhidos.
O entrevistador, responsável por conduzir a sabatina, terá liberdade total em formular qualquer questionamento ao candidato.
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