Coronel Alexandre Ramalho: “Município tem de fazer o dever de casa na segurança”
Bolsonarista disse que vai atrair empresas de tecnologia e abrir os morros da cidade para os turistas, durante a sabatina da TV Tribuna
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Investimento em segurança pública, incentivo ao empreendedorismo e foco em atração de novas empresas para criar empregos em Vila Velha. Essas são algumas das propostas do candidato a prefeito de Vila Velha Coronel Alexandre Ramalho (PL).
O candidato participou na quinta-feira (29) da sabatina da TV Tribuna. As entrevistas são realizadas pelo jornalista George Bitti, de segunda a sexta-feira, às 11h15, ao vivo no Tribuna Notícias 1 Edição.
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Depois de Ramalho, nesta sexta-feira (30) será a vez do candidato Maurício Gorza (PSDB). Será um candidato por dia até 24 de setembro. Confira abaixo trechos da entrevista realizada na quinta com o candidato do PL:
A Tribuna - O senhor foi cotado a disputar a Prefeitura de Vitória. O que te fez escolher se candidatar por Vila Velha?
Coronel Ramalho - "Sou morador da cidade, já tinha feito um trabalho importante na Segurança Pública e vi no município a oportunidade de lançar uma candidatura que me permitiria continuar o trabalho nesse segmento, sendo permeado por várias outras pastas para melhorar a segurança, como Educação, Ação Social e Saúde. São questões que se juntam e trazem benefícios à cidade."
O senhor defende uma legislação penal mais rígida e critica o “prende e solta”. Mas municípios, segundo especialistas, são mais limitados em ações nessa área que estados e a União. O senhor concorda?
"Vila Velha segue sendo o município mais violento do Estado. Quando falamos de “prende e solta”, falamos de uma legislação penal que não alcança o desejo lá na ponta dos nossos policiais, porque é um esforço grande para prender o criminoso e, logo em seguida, ele é posto em liberdade.
O município tem sim um importante dever de casa a fazer, que começa com o conhecimento do atual gestor sobre o que é ordem pública, que vai muito além da Segurança Pública.
Quem desconhece isso tem facilidade em culpar as polícias. Mas quando falamos desse tema, incluímos iluminação, câmeras com Inteligência Artificial, contratação e capacitação de profissionais e em ações sociais para cuidar de pessoas em situação de rua."
O senhor estava numa gestão do PSB no governo estadual e agora faz críticas ao PSB. Por que fez um movimento brusco de sair do Podemos, um partido aliado ao PSB, e ir para o PL?
"Fui chamado, na pandemia, para ser secretário de Segurança Pública do Estado, não por questões políticas ou partidárias, mas pelo que construí na minha carreira. Ocupar aquela pasta é uma honra muito grande e fiz isso pensando no cidadão capixaba. Em janeiro, falei do meu projeto político com o governador, e ele próprio me avisou que apoiaria o atual prefeito. Com isso, foi buscar outro caminho e fui muito bem recebido pelo PL.
Nunca neguei ser de direita e eleitor do (ex-presidente) Jair Bolsonaro. Ter integrado o governo estadual foi algo que fiz muito mais como técnico, entregando resultados na Segurança Pública."
Você pretende mudar a remuneração dos professores e fazer reformas estruturais na área da educação?
"Quero acolher o sofrimento dos professores da cidade. Fala-se que o salário deles é o maior da Grande Vitória, mas não procede. A gestão atual junta o salário-base com o vale-alimentação para dizer isso."
Para você, qual a importância do STF? Deve existir?
"Claro. Mas de forma democrática. Quem deve legislar é o Congresso."
Você é a favor da maioridade penal? E o 8 de janeiro, foi um protesto ou ataque?
"Sou a favor, porque tem jovem de 17 anos estuprando, matando e passando no máximo três anos em medida socioeducativa. Sobre o 8 de janeiro: foi um ato democrático. Assim como em 2013 surgiu o tal dos Black Blocs e quebraram a cidade toda e ficou por isso mesmo. Aquilo foi ato democrático ou crime? Então o 8 de janeiro foi ato democrático."
O direito à moradia é garantido pela Constituição, mas Vila Velha tem o maior déficit habitacional do Estado. Como resolver?
"Primeiro precisamos melhorar nosso Orçamento. Para isso, temos de enxugar o dinheiro público em Vila Velha. Temos de trazer empresas para a cidade para que haja emprego dentro do município e esse déficit seja sanado."
Como você vai abordar o empreendedorismo em sua gestão?
"Traremos empresas de tecnologia, fomentaremos isso nos jovens. Abriremos os morros para o turismo, traremos o ambiente de negócios para as comunidades.
A prefeitura deve liderar essas iniciativas de emprego e renda para os municípios, atraindo grandes empresas, mas também direcionando as comunidades para o empreendedorismo, qualificando principalmente os jovens."
Veja o cronograma de entrevistas
Vila Velha
Segunda-feira (26): João Babá (PT)
Terça-feira (27): Nícolas Trancho (Psol)
Quarta-feira (28): Arnaldinho Borgo (Podemos)
Quinta-feira (29): Coronel Ramalho (PL)
Sexta-feira (30): Maurício Gorza (PSDB)
Segunda-feira (02): Gabriel Ruy (Mobiliza)
Serra
Terça-feira (03): Roberto Carlos (PT)
Quarta-feira (04): Weverson Meireles (PDT)
Quinta-feira (05): Antônio Bungenstab (PRTB)
Sexta-feira (06): Wylson Zon (Novo)
Dia 09: Pablo Muribeca (Republicanos)
Dia 10: Audifax Barcelos (PP)
Dia 11: Igor Elson (PL)
Cariacica
Dia 12: Euclério Sampaio (MDB)
Dia 13: Ivan Bastos (PL)
14 de Setembro: Célia Tavares (PT).
Vitória
17 de Setembro: Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)
18 de setembro: João Coser (PT)
19 de setembro: Camila Valadão (Psol)
20 de setembro: Capitão Assumção (PL)
23 de setembro: Lorenzo Pazolini (Republicanos)
24 de setembro: Du (Avante).
Regras
O candidato vai responder às questões elaboradas pelo apresentador. Não é permitido citar outro candidato direta ou indiretamente, independente do cargo em disputa.
As questões serão elaboradas com base em grandes temas, como saúde, educação, segurança pública e emprego.
As perguntas devem ser respondidas em, no máximo, dois minutos, para que a dinâmica da entrevista seja mantida.
Além de responder às questões propostas pelos entrevistador, o candidato será indagado por jornalistas da Rede Tribuna, que poderão interromper e solicitar novas informações durante a resposta.
Não há ordem específica de temas escolhidos. Os convidados terão liberdade total em formular qualquer questionamento ao candidato, assim como o entrevistador.
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