CPI do 8 de janeiro quebra sigilos de ex-diretor-geral da PRF
Ex-diretor da PRF é investigado em atos relacionados a um possível favorecimento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral
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A CPI do 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira (11) a quebra dos sigilos bancários, fiscal, telefônico e telemático do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques entre 1º de janeiro do ano passado e 30 de abril deste ano.
Silvinei foi convocado a prestar depoimento no mês passado por causa das fiscalizações em rodovias federais no segundo turno das eleições. A suspeita é de que, sob comando dele, a PRF tenha tentado dificultar a chegada de eleitores de Lula (PT) às urnas.
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Desde o ano passado, o ex-diretor da PRF é investigado por três atos, todos relacionados a um possível favorecimento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral. Ele foi exonerado do cargo no dia 20 de dezembro.
Além da suspeita em torno da operação da PRF -sobretudo em cidades da região Nordeste-, Silvinei declarou voto em Bolsonaro na manhã do segundo turno, e é acusado de ter sido leniente durante o bloqueio de estradas após a vitória de Lula.
Essa deve ser a última sessão da CPI antes do recesso. Oficialmente, a folga só começa na próxima terça-feira (18), mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), antecipou as "férias" -que, pela lei, nem poderiam ser tiradas agora porque o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não foi votado.
O tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presta depoimento à comissão nesta terça, mas anunciou no começo da sessão que ficará calado diante das perguntas. Ele chegou fardado à CPI --contrariando a expectativa de integrantes do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.
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