Bolsonaro tem prisão preventiva mantida após audiência de custódia
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que vigília tinha objetivo de dificultar fiscalização da prisão domiciliar
Após decisão tomada em audiência de custódia em Brasília, neste domingo (23), a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi mantida. Bolsonaro foi preso no sábado (22), após violar a tornozeleira eletrônica e depois de uma vigília ser convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para ocorrer em frente ao condomínio da família, no Distrito Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que a vigília tinha o objetivo de dificultar a fiscalização da prisão domiciliar, criando uma possibilidade de fuga.
Na sentença, uma violação à tornozeleira também é citada, tendo sido realizada por volta de 00h08. Um vídeo divulgado pela Polícia Federal (PF) mostra o equipamento com parte da tampa queimada. "Meti ferro quente aí", diz Bolsonaro na gravação.
Como resultado, o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, onde passou a noite em uma cela especial. Na segunda-feira (24), a defesa do ex-presidente deverá apresentar o último recurso ao STF, que decidirá se mantém ou revoga a prisão preventiva. A expectativa é de que a prisão seja mantida e que o recurso seja negado, o que poderá resultar no trânsito em julgado do processo relacionado à tentativa de golpe.
Caso a defesa de Bolsonaro seja derrotada, o ex-presidente deverá iniciar o cumprimento de sua pena de 27 anos e três meses, possivelmente em regime fechado, conforme as regras estabelecidas. A sentença diz respeito à tentativa de reverter os resultados das eleições de 2022, em um contexto de alegações de golpe.
A defesa de Bolsonaro alega que o ex-presidente, de 70 anos e com problemas de saúde, deve cumprir a pena em regime domiciliar.
* Com informações da Agência Estado
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