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Polícia

Vítima de perseguição desabafa contra o ex: “Espero que a Justiça cobre dele”


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Imagem ilustrativa da imagem Vítima de perseguição desabafa contra o ex: “Espero que a Justiça cobre dele”
Jovem segue desaparecida após stalking e suspeita de feminicídio. |  Foto: Divulgação/Canva

Três anos depois, jovem segue desaparecida

Um caso de “stalking” que ainda não teve desfecho é o da operadora de caixa Sara Conceição Serra dos Santos, que desapareceu no dia 13 de novembro de 2022. Na época, ela tinha 20 anos.

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Advogada da família, Bianca Campelo diz que investigações apontam que a jovem foi morta, mas corpo não foi encontrado. |  Foto: Kadidja Fernandes/at

Advogada da família, Bianca Campelo contou que em agosto do ano passado, a Polícia Civil divulgou o resultado das investigações, que apontavam que a jovem foi morta. No entanto, nem o corpo nem o celular foram encontrados.

À época, o ex de Sara foi preso, acusado do crime. Só que, segundo a advogada, recentemente ele foi solto, o que revoltou a família de Sara. “O relacionamento dos dois era conturbado e o ex não aceitava o término. Na ficha dele constam processos no Rio de Janeiro e na Serra por perseguição a outras ex-namoradas e ameaça à própria família de Sara”, contou a advogada.

Diante da soltura do acusado, Bianca Campelo vai pedir que a Justiça reconsidere a sua prisão. “Quando estava indo ao encontro dele, ela enviou uma mensagem para um parente dizendo: 'Se algo acontecer, já sabe que foi ele'”.

Na noite em que a jovem desapareceu, câmeras de uma escola mostraram ela entrando na casa do ex, na Serra, e depois ela não foi vista indo embora.

A juíza alegou que ele é réu primário, tem residência fixa e que não tem elementos para manter a prisão. No entanto, a defesa entende que a liberdade do acusado oferece risco à instrução processual.

Violência contra a mulher

Empresário preso após ameaçar ex

No último dia 2, o pedido de socorro à polícia, em forma de denúncia, foi feito por uma assessora de negócios, de 38 anos. Ela acusava um empresário, de 61 anos – com quem teve um relacionamento de menos de um ano–, de ameaças e perseguições, principalmente nas redes sociais.

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Wilton de Holanda foi preso na Serra. |  Foto: Divulgação/Sesp

Na última sexta-feira, o empresário, identificado como Wilton Guerreiro de Holanda, foi preso na Lagoa Juara, na Serra.

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Print das ameaças que ele fazia para a ex em mensagens de WhatsApp. |  Foto: Divulgação/Sesp

Em uma das mensagens enviadas pelo WhatsApp da vítima, o empresário chegou a desafiar a polícia, escrevendo: “Eu duvido a polícia me encontrar, diferente de eu te encontrar”.

“Em função da gravidade dos crimes de stalking, das ameaças, imediatamente iniciamos as investigações”, contou o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), que está à frente das investigações.

Não demorou para a polícia descobrir que contra o empresário haviam dois mandados de prisão em aberto por roubo, nos anos de 2017 e 2019, motivo pelo qual ele foi preso, já que o crime de stalking está sob investigação.

“Também tomamos conhecimento de que esse indivíduo já tinha sido investigado por estelionato pela Delegacia de Defraudações e iniciamos os levantamentos para tentar localizá-lo”, contou o delegado.

Efetuada a prisão, as investigações continuam, tanto que ele e a vítima serão ouvidos. “Considerando que foi uma situação que aconteceu de forma muito recente, a vítima será ouvida para dar mais detalhes desse crime e há quanto tempo ela vinha sofrendo com isso”, disse Brenno Andrade.

O delegado contou ainda que, no primeiro momento, o acusado não demonstrou resistência à prisão e por isso não foi algemado. Mas, ao ser conduzido, ele tentou pular da viatura e foi necessário o uso da algema para conduzi-lo de forma segura até a delegacia.

Ainda de acordo com Brenno Andrade, o acusado não falou sobre o caso, pois apresentava sinais de embriaguez. “Devido à incapacidade de argumentar alguma coisa sobre o crime investigado, ele foi encaminhado para o presídio”.

José Darcy Arruda, delegado-geral da Polícia Civil, participou ontem de uma entrevista coletiva para falar sobre o caso e lembrou que o crime de stalking tira a paz de espírito das vítimas.

“Não podemos aceitar esse tipo de crime. Vamos sempre repudiá-lo e prender os autores”, avisou.

"Espero que a justiça cobre dele"

Pelo telefone, a assessora de negócios, de 38 anos, conversou na noite de ontem com a reportagem de A Tribuna e, pedindo que o seu nome fosse preservado, contou como foi o seu relacionamento com o empresário, o término, as ameaças e as perseguições.

A Tribuna – Como o conheceu?

Assessora de negócios – Ele surgiu na minha vida em 2021, depois de eu me separar do meu ex-marido, com quem tive um relacionamento de 15 anos, que acabou numa boa.

Fui apresentada a esse empresário, que era uma pessoa totalmente diferente, bem vestido, bem-sucedido, muito conhecido no mundo empresarial.

Ficaram juntos durante quanto tempo?

Menos de um ano. Moramos juntos por cerca de oito meses. Logo em seguida, percebi que ele voltou a beber, mudou a forma de me tratar. Quando eu quis colocar um ponto final na relação, ele não aceitava.

Só que decidi colocar um basta. Pedi até uma medida protetiva.

Quando terminou o relacionamento com o empresário?

No início de 2022. Cheguei a morar na Espanha por aproximadamente nove meses. Depois fui para Portugal, onde fiquei por mais nove meses.

Até retirei a medida protetiva, pois estava morando fora. Por um problema de saúde na família, voltei para o Estado.

O encontrou aqui?

Depois de um tempo sem me ver, ele entrou em contato novamente pelo telefone e insistia para voltar. Ele não aceitava o término do relacionamento.

Só que eu não queria, falei que estava vivendo a minha vida e disse para ele viver a vida dele, mas ele não aceitava e passou a me ameaçar e perseguir.

Como eram as ameaças e perseguições?

Ele mandava várias mensagens por dia. Isso desde o dia 26 de fevereiro até agora.

Além das mensagens e ligações, ele divulgou fotos íntimas minhas nas redes sociais, o que tirava a minha paz.

Se eu não ficasse no telefone alimentando a loucura dele, ele ia para as redes sociais e postava fotos minhas. Era, de fato, um verdadeiro pesadelo.

Por que decidiu denunciá-lo à polícia?

Fui incentivada por amigos, entre os quais advogados. Eles acompanharam o meu sofrimento. Eu tinha medo.

Sabia que ele tinha mandados de prisão em aberto por roubo e que havia sido investigado por estelionato?

Só descobri depois. Agora, antes de me envolver com qualquer pessoa, eu faço pesquisas, busco informações. Fiquei traumatizada.

E tem alguém no momento?

Estou me relacionando com uma pessoa. Estamos nos conhecendo. Quero recomeçar.

O pesadelo passou?

Em parte, sim. Mas eu temo que ele saia da cadeia, apesar dele ter desafiado a polícia e a Justiça por mensagens.

O meu medo é que ele, por ter 61 anos, ser idoso, possa sair da prisão para responder pelo crime em liberdade.

Qual desfecho espera deste caso?

Espero que a Justiça cobre dele o que ele fez comigo. Ele tem que pagar por isso e deve ficar por muito tempo na cadeia. Fiquei noites e noites sem dormir e só quero ter o direito de ser feliz, de seguir o meu caminho em paz.

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