Quadrilha do Pix: médica de 51 anos é resgatada após sequestro em Vitória
Vítima contou ao Tribuna Online os momentos de terror que passou diante dos criminosos
Escute essa reportagem
Em seu depoimento, a médica de 51 anos que foi vítima de um sequestro-relâmpago em Jardim da Penha na tarde de sexta-feira (06) disse à reportagem do Tribuna Online que os quatro detidos a haviam ameaçado dentro do carro durante o crime. Inclusive, eles chegaram a subtrair R$ 2 mil que ela tinha acabado de sacar. "Estou muito agradecida a Deus e à polícia, mas estou apavorada.", diz.
A médica conta que não mora no bairro, mas vai ao banco toda semana e sempre para no mesmo lugar, em frente a uma pastelaria que fica em frente à orla de Camburi. Segundo a médica, ela acredita que lá era mais seguro pelo fato do local ser bem movimentado e costuma seguir medidas de segurança, como ir ao banco quando a agência está em horário de atendimento ao público e parar em lugares com mais movimento, mas nada disso impediu a ação dos criminosos. Ela conta também que não percebeu se estava sendo observada.
"Eu saquei o dinheiro normalmente e quando saí do banco, peguei o carro que estava estacionado em frente a uma lanchonete que sempre tem gente, e não sinto medo de parar ali. Quando entrei e sentei no carro, eles entraram, um pela porta do carona e outro junto comigo. Eram dois homens armados. Eles me renderam, me mandaram sentar no banco de trás do carro e colocar o cinto. Eu não conseguia colocar, e quem estava no carona pulou para trás e ficou grudado em mim, e começou o assalto".
Ela conta que o bandido pegou sua bolsa, cartões, senhas e cerca de R$ 2.000. "Eu falei: Me deixa embora, leva o carro, quero sair daqui, quero ir embora daqui. Disseram: Você não imagina para onde vou te levar", revelou.
A vítima também disse que os bandidos não sacaram dinheiro de sua conta porque ela já tinha tirado o limite do cartão e, para se livrar dos bandidos, ela contou que tinha outro cartão e que eles poderiam levar até o carro, pois ela só queria ser liberta.
"Ele usou meu celular pra falar com outro (suspeito) no celular. Entraram na praia de Camburi, aí depois entraram em um estacionamento para pegar mais deles. O cara não estava nesse, e no estacionamento seguinte entraram mais dois bandidos. Em seguida foram para pista e, quando chegaram lá, a policia já estava lá".
Os suspeitos, segundo a médica, ficaram um pouco nervosos e quase bateram com o carro, mas um deles disse que não teria problemas porque estava com uma refém. Mas quando a polícia se aproximou, eles foram rendidos e a médica saiu desesperada e entrou no carro de um senhor que estava no local.
"Acho que saí de casa antes das 15 horas. Parecia uma eternidade, mas deve ter sido meia hora, ou quarenta minutos. Eles disseram que iam pra Serra e falavam: Ah, você nem imagina pra onde eu vou te levar, você não vai se livra da gente. No início fiquei desesperada, mas comecei a rezar e não acreditei quando vi a polícia", contou, emocionada.
Com informações de Taynara Nascimento
Comentários