Procurado há 7 meses, Toninho Pavão é preso enquanto trabalhava na Serra
Ele estava sendo procurado desde janeiro, após não retornar ao presídio durante uma saída concedida
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Já considerado um dos criminosos mais procurados do Estado, Toninho Pavão foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (31), enquanto trabalhava em uma grande siderúrgica na Serra. Ele estava sendo procurado desde janeiro, após não retornar ao presídio durante uma saída concedida.
José Antônio Marim Nogueira havia sido preso pela última vez em outubro de 2024, após perder o direito de cumprir sua pena em regime aberto por ser investigado por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas. Em dezembro, foi concedido a ele o direito de ir a Minas Gerais tratar um problema familiar, devendo retornar ao sistema prisional em janeiro, o que não ocorreu.
De acordo com a Polícia Penal, Toninho estava monitorado pela inteligência da Secretaria de Justiça por possuir dois mandados em aberto, por homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de drogas. Ele foi encontrado trabalhando em uma siderúrgica no município da Serra e não reagiu à prisão.
Toninho possui extenso histórico no crime e foi condenado a mais de 60 anos de prisão. Um dos crimes mais graves apontam que ele seria integrante do Tribunal do Crime ligado ao Comando Vermelho no Estado.
QUEM É TONINHO PAVÃO
Tráfico
José Antônio Marim, o Toninho Pavão, é um dos bandidos mais perigosos do Estado. Foi preso em 2000 acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de drogas com ligações fora do Espírito Santo.
Fuga vestido de mulher
Três anos depois, ele fugiu do presídio de segurança máxima de Viana pela porta da frente. A fuga foi inusitada porque Toninho Pavão se vestiu de mulher para despistar e escapar da cadeia. Ele saiu do Estado em um avião. Foi recapturado no ano seguinte, em dezembro de 2004, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Assaltos a banco
Segundo apurações da polícia, Pavão tem ligação com cerca de 100 assaltos a banco no Espírito Santo e em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Bahia.
Assassinatos
Temido no tráfico, Toninho Pavão, mesmo de dentro da cadeia, ordenou o assassinato de um casal em 2006 por causa de uma dívida de R$ 70 mil. O crime, brutal, chocou o Estado.
Presídio Federal
Após a execução do casal, o criminoso foi transferido com outros bandidos para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima, em Catanduvas, no Paraná.
Incêndio a ônibus
Revoltado com a transferência, ele é acusado de ordenar dezenas de incêndios a ônibus na Grande Vitória.
Retorno ao Estado
Em 2006, o traficante foi transferido para o Presídio Federal de Rondônia, onde ficou até voltar para o Estado em 2015.
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