Polícia investiga se atirador tem ligação com grupos neonazistas
Governador informou que a Polícia Civil segue investigando os ataques nas duas escolas de Aracruz
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O adolescente, de 16 anos, que confessou ser o autor tiros que mataram três pessoas e feriram outras 10 em duas escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, vai responder a ato infracional análogo aos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. A polícia, porém, segue com investigações para saber se o atirador tem alguma ligação com grupos neonazistas e neofacistas.
Na manhã deste sábado (26), o governador Renato Casagrande esteve no velório de uma das professoras mortas nos ataques e afirmou que a Polícia Civil segue investigando a motivação dos atentados.
"O que há é informação de que uma arma, a pistola era do Estado, da Polícia Militar, e o revólver era particular do pai dele. o processo de investigação começou ontem (sexta,25) e não temos mais detalhes sobre a motivação, porque a polícia também faz essa investigação, de forma sigilosa, para saber se ele tinha algum vínculo com algum grupo neonazista, neofacista para saber se tinha algum incentivo a mais, além do ato covarde e violento que foi cometido ontem", afirmou o governador.
Os atentados aconteceram por volta de 9h30 da manhã de sexta-feira (25), em duas escolas do bairro Coqueiral de Aracruz. O primeiro alvo do atirador foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, onde o adolescente arrombou um cadeado, entrou na unidade de ensino e teve acesso a sala dos professores, onde abriu fogo. No local, duas professoras morreram e feriu outros profissionais.
Em seguida, o atirador foi até uma escola particular, localizada a cerca de três minutos do primeiro alvo dos ataques. Na instituição, o adolescente atirou por corredores e salas de aula, atingindo estudantes: uma adolescente, de 12 anos, morreu no local e outros três alunos seguem internados.
Cerca de cinco horas depois, o adolescente foi apreendido e levado a delegacia, onde confessou o crime e não demonstrou arrependimento. Ele foi autuado e encaminhado à unidade socioeducativa.
"Ele se apresentou de forma desequilibrada. Ele cometeu um ato que é um ato de uma pessoa doentia e que trouxe tanta tristeza para as famílias e para o país. Ele terá um acompanhamento de vigilância para que não seja uma ameaça a sociedade", garantiu Casagrande.
Seis pessoas feridas nos ataques seguem internadas em hospitais da Grande Vitória, sendo que cinco delas estão em estado grave, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
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