Perícia revela motivo da morte e mãe e padrasto serão liberados por morte de bebê
De acordo com o laudo da perícia, a menina morreu por complicações de uma massagem cardíaca ministrada de maneira errada
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A Polícia Civil constatou, nesta terça-feira (27), que não existem indícios que comprovem que a bebê levada morta ao Pronto Atendimento em Vila Velha, no último dia 10 de maio, tenha sofrido violência por parte da mãe e do padrasto. De acordo com o laudo da perícia, a menina morreu por complicações de uma massagem cardíaca ministrada de maneira errada.
Agatha Ester Santos Barbosa, de um ano e seis meses, foi levada sem vida até o PA de Riviera da Barra pelo padrasto, de 38 anos. No local, a equipe médica identificou que o corpo da bebê apresentava lesões pelo corpo.
O casal foi preso em flagrante acusado homicídio qualificado pela morte da criança. Durante o depoimento, o padrasto teria afirmado que tentou reanimar a bebê com uma massagem cardíaca.
Segundo informações da polícia, porém, o laudo da perícia identificou que as lesões encontradas no corpo da bebê teriam sido causadas pelas massagens cardiorrespiratórias realizadas pelo padrasto, na tentativa de ressuscitar a criança.
Quando feita incorretamente, massagens de reanimação podem provocar lesões no tórax, especialmente em casos de crianças, que possuem mais fragilidade no corpo.
A polícia solicitou à justiça a revogação da prisão da mãe e do padrasto, uma vez que não há provas suficientes para manter a acusação de homicídio.
De acordo com a apuração da TV Tribuna/Band, o casal deve ser liberado nesta quarta-feira (28).
Confira a nota da PC:
"A Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), informa que as investigações referentes ao caso ainda não foram concluídas, mas se encontram em vias de ser. No curso das investigações, não foram identificados elementos que justificassem a manutenção da prisão preventiva. Por essa razão, a autoridade policial representou pela revogação da prisão.
Há fortes indícios de que a lesão inicialmente constatada tenha sido provocada por uma massagem cardiorrespiratória realizada de forma incorreta, por pessoa leiga, sem formação técnica, no calor do desespero e realizada no corpo frágil de uma bebê. Portanto, não se configura crime. Importante destacar que a criança apresentava um quadro clínico debilitado e estava sendo levada diariamente à UPA de Riviera da Barra para receber medicação venosa e ser avaliada.
Ressalta-se que durante as diligências realizadas não foram identificadas qualquer conduta que desabone a mãe da criança ou seu namorado, que estava responsável pela menor no momento dos fatos."
Também em nota, o Ministério Público se manifestou dizendo que está acompanhando o caso:
"O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 15ª Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, informa que está acompanhando o caso e aguarda a conclusão do inquérito policial para a adoção das medidas cabíveis. A Instituição reforça seu compromisso com a atuação firme e responsável na defesa da sociedade e na apuração de fatos que demandem providências legais."
Relembre o caso
Agatha deu entrada no Pronto Atendimento de Riviera da Barra, em Vila Velha, no dia 10 de maio. Aos médicos, a família afirmou que a menina tinha caído enquanto estava brincando.
O caso ganhou repercussão pelas lesões que o corpo da menina apresentava. Além disso, a bebê já havia sido levada à Unidade de Saúde outras vezes nos dias anteriores à sua morte, para tratar uma infecção urinária.
Na perícia realizada no IML, foi constatado que a bebê morreu em decorrência das lesões provocadas em seu tórax.
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