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Polícia

"Pensei que fosse morrer naquele momento", diz universitária baleada por namorado

O crime aconteceu na última quinta-feira, no bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha


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Imagem ilustrativa da imagem "Pensei que fosse morrer naquele momento", diz universitária baleada por namorado
Universitária é baleada por namorado dentro de casa em Vila Velha |  Foto: Reprodução/Câmera de Segurança

A universitária de 26 anos, que foi baleada dentro de casa, em Jardim Marilândia, Vila Velha, na última quinta-feira (02), conversou com exclusividade com a repórter Vanuza Santana, da TV Tribuna, e revelou novas informações sobre o crime cometido por seu então namorado, que foi identificado como Nicolas dos Santos, de 21 anos.

A vítima, que saiu do hospital e agora segue precisando de cuidados em casa, contou como a confusão teve início.

"Naquele dia seria o aniversário do tio dele. O Nicolas disse que fazia muito tempo que não falava com ele e que tinha até o bloqueado. Mas perguntou se podia ir socializar com ele. Eu falei claro, que seria bom ele ficar um tempo com o tio. Mas passou um tempo, deu 22h e ele não deu mais notícias. Liguei e ele não atendeu", começou a universitária.

"Já de manhã, por volta das 6h, eu já estava dormindo e foi quando ele chegou com um amigo. Eles foram até o quarto e eu percebi que ele parecia estranho. Foi quando o Nicolas começou a falar que não tinha me traído e que eu podia olhar o celular dele. Ele me deu o celular e pegou o meu. Quando comecei a olhar o whatsapp, chegou a mensagem de uma menina que ele já tinha se relacionado antes. A mensagem falava sobre eles se encontrarem. Foi quando perguntei o que era aquilo e ele começou a ficar alterado", revelou a jovem bastante emocionada.

Na sequência dos fatos, o namorado começou a pedir o celular de forma desesperada e foi para cima da vítima com socos, tentando arrancar o telefone da mão da universitária. 

Nesse momento, o amigo de Nicolas e a mãe da universitária tiraram ele de cima da jovem e empurraram. Foi quando o autor do disparo abriu a bolsa, pegou uma pistola e atirou na estudante.

"Em frações de segundos vi ele pegando a pistola e me alvejando. Pensei que fosse brincadeira. Eu não senti nada, não senti dor. Depois vi o Lucas (amigo do Nicolas) pulando em cima dele para me ajudar. Ele imobilizou o Nicolas e depois meu pai chegou correndo. Foi quando percebi que tinha sangue jorrando de mim e senti o cheiro da pólvora", contou ela.

"Pensei rápido e peguei uma toalha para tentar estancar o sangramento. Tentei manter a calma para entender o que estava acontecendo. Depois vi o Nicolas sair correndo e fiquei no chão por um tempo. Foi quando percebi que minhas costas também estavam sangrando. Eu pensei que fosse morrer naquele momento. Minha vista começou a escurecer e comecei a orar", revelou a universitária emocionada.

O autor do disparo, identificado como Nicolas dos Santos, também é universitário e ocupava um cargo público como assessor de um vereador de Vitória. Ele foi preso em flagrante, mas a prisão foi convertida em preventiva pela Justiça. Conforme consta nos autos, a medida é para resguardar a integridade das testemunhas.

Ainda durante a entrevista exclusiva para a TV Tribuna, a universitária afirmou que, desde que saiu do hospital, está descobrindo informações que não sabia a respeito do ex-namorado.

"Comecei a receber informações que não sabia. Muitas mentiras sendo descobertas. Muitas coisas que nunca imaginaria. Estou chocada nesse momento. Mais em choque agora do que antes. Porque antes eu pensava que ele estava alcoolizado ou alguém tinha colocado algo na bebida. Mas depois de receber tantas outras informações... me sinto fragmentada. Estou com medo. Quero sair de tudo, mudar tudo", revelou ela.

A universitária foi baleada no ombro e, de acordo com a última tomografia realizada no sábado (04), ela ainda está com um sangramento que pode evoluir para problemas mais complexos. Além disso, ela também está com duas costelas quebradas e precisa ficar em observação.

"Nem sei explicar o sentimento. Não é raiva e nem ódio. É um sentimento de frustração. Me sinto burra. Se eu tivesse prestado mais atenção...", contou ela emocionada.

"Nosso medo é que o sangramento continue evoluindo. Porque a partir disso muito pode acontecer. Esse é o meu medo. Que isso evolua. Porque posso acabar sendo entubada e não quero isso", finalizou ela chorando.

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