X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

'Parecia intervenção divina’, teria dito suspeito de matar dono de chácara na Serra

Antoniel Soares da Paixão, de 57 anos, foi dado como desaparecido após sair para negociar a venda da propriedade


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem 'Parecia intervenção divina’, teria dito suspeito de matar dono de chácara na Serra
Lucas Galvão da Silva de Souza (na foto, à esquerda) foi preso pela morte de Antoniel Soares da Paixão (à direita) |  Foto: Divulgação/PCES e Reprodução/Tribuna Notícias

O suspeito de matar a pauladas o motorista Antoniel Soares da Paixão, de 55 anos, foi preso em Cariacica e confessou o crime, afirmando que "Deus quis que a morte acontecesse naquele dia". A vítima havia sido dada como desaparecida desde o dia 18 de agosto, após ter sido expulsa de sua residência por traficantes e retornar ao local para vender o imóvel, no bairro Maringá, na Serra. O corpo de Antoniel foi encontrado dois dias depois, amarrado a uma pedra e submerso em um local conhecido como "Pinicão de Maringá".

Antoniel morava em uma chácara, na mesma região onde foi morto. Segundo a polícia, os traficantes utilizavam a propriedade para vender drogas e fugir das ações policiais. Inconformado com a situação, o motorista foi até os criminosos para pedir que os crimes parassem, mas isso foi visto como uma afronta. Ele foi expulso do local sob ameaça de morte, caso retornasse.

Dois meses após ser expulso, Antoniel começou a negociar a venda da chácara, o que o levou de volta ao local, acompanhado de um comprador. Assim que chegou, Lucas Galvão da Silva de Souza, de 24 anos, o encontrou, passou a agredi-lo e afirmou que cumpriria a promessa de matá-lo. O comprador tentou defender Antoniel e entrou em luta corporal com o suspeito, o que deu tempo para que o motorista fugisse em direção à zona de tratamento de esgoto do bairro Maringá, conhecida como Pinicão de Maringá.

Um adolescente do grupo de Lucas avistou a vítima fugindo e avisou ao suspeito, que deixou a briga com o comprador e foi atrás da vítima. Próximo ao Pinicão, Lucas, com um pedaço de madeira, desferiu várias pauladas na cabeça de Antoniel, levando-o a óbito. Ele ainda amarrou as pernas do motorista a uma pedra e lançou o corpo no Pinicão, com a intenção de escondê-lo.

Após o crime, de acordo com a polícia, Lucas e o adolescente levaram o carro da vítima até o local onde o corpo foi jogado e depois foram para a casa do menor, onde usaram drogas. O comprador da chácara conseguiu fugir e avisou a família do ocorrido.

Lucas Galvão foi preso, indiciado e denunciado pelos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, uma vez que ele se valeu da morte de Antoniel para manter o tráfico de drogas na região, bem como por assegurar o exercício do tráfico de drogas, ocultação de cadáver e corrupção de menores, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O suspeito foi encontrado na casa da namorada, em Cariacica, e confessou o crime. De acordo com detalhes fornecidos pela Polícia Civil, durante o interrogatório, Lucas deu gargalhadas, debochando da situação, e disse que a madeira, o fio usado para amarrar as pernas da vítima e o lago onde o corpo foi descartado pareciam estar ali por uma “intervenção divina". “Ele afirmou que parecia que Deus queria que ele fizesse aquilo, que era para acontecer naquele dia”, relatou o delegado Pedro Henrique, adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra.

O adolescente foi apontado como participante da ação criminosa, mas não foi preso devido às proteções legais oferecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele está respondendo por ato infracional análogo aos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: