"Para mim, eu já estava morta", diz mulher queimada com óleo pelo marido em Viana
A manicure deu detalhes dos três dias em que foi mantida em cárcere privado pelo marido e foi agredida por ele
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A manicure, de 30 anos, que foi agredida e queimada com óleo pelo marido, no bairro Primavera, em Viana, deu detalhes de como foram os dias em que foi mantida em cárcere privado pelo companheiro. O homem, um garçom, de 26 anos foi preso na manhã de segunda-feira (21), após vizinhos acionarem a Polícia Militar.
Em entrevista a TV Tribuna/SBT, a manicure revelou que levou socos e chutes na costela, além de uma facada na cabeça. "Na verdade, para mim, já estava morta", desabafou a mulher, que ficou três dias em cárcere privado.
A manicure disse que tentou sair da casa, mas o acusado trancou o portão. Ela pediu para que o garçom a deixasse sair para ficar perto da filha. "Não gritei, só pedia para ele parar. Ele me trancou e não me deixou ir embora. Me ameaçou com fogo, faca, me deu chutes na costela, tapas na cara e, por fim, o óleo quente, porque fui deitar. Não fiz nada. Falei que o vício estava fazendo isso com ele. Fiquei três dias pedindo isso", relatou ela.
Segundo ela, o homem tentou dopá-la para jogar o óleo fervendo. Ela explicou que só não sofreu mais queimaduras com o óleo porque teve um reflexo de mexer e se esquivar, no momento em que o companheiro despejou a óleo.
Além de agredir a mulher e queimá-la com óleo, o homem quebrou objetos dentro da casa e chegou a queimar uma Bíblia.
A vítima ainda revelou que teve crise de pânico e o companheiro tentou acertá-la com uma faca, mas ela conseguiu desviar e a faca atingiu a parede. "Pensava nas minhas filhas", disse ela.
Segundo ela, as queimaduras ainda estão ardendo, a costela e cabeça doem bastante. "Mentalmente, estou abalada. Não estou acreditando que isso aconteceu. Não estou acreditando que voltei com ele", desabafou a manicure.
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