Pai de médica morta em Colatina diz que filha foi torturada antes de ser morta
O marido dela, Fuvio Luziano Serafim, e o motorista do casal foram presos em flagrante acusados de homicídio
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Samir Sagi El-Aouar falou pela primeira vez sobre a morte da filha Juliana Ruas El-Aouar, de 39 anos. A médica foi encontrada morta em um quarto de hotel em Colatina, nesse sábado (2). Samir, que é médico cirurgião, ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni, afirmou que a filha foi torturada antes de morrer e que já queria se separar do marido, que não aceitava a decisão.
O pai concedeu entrevista à equipe da Inter TV dos Vales, afiliada da Globo, na cidade de Teófilo Otoni — onde Juliana Ruas foi velada neste domingo (3).
"Nós estamos arrasados, pensar que uma filha, de 39 anos de idade, médica psiquiátrica, com o futuro todo pela frente, uma filha maravilhosa, um amor de pessoa, de repente, é submetida a uma tortura, porque o aconteceu com ela foi tortura durante a noite toda. Houve taumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela, enfim, minha filha foi torturada até a morte. Mais um feminicídio neste pais, que eu espero, que se Deus quiser, não vai ficar impune", desabafou o médico.
Samir Sagi El-Aouar ainda contou que a filha já sofria agressões dentro do casamento. "Ele já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento, e ele ameaçando para ela não sair, ele não aceitava a separação", explicou.
“Ele programou o que ele fez. Tirou minha filha da minha vida. Amigos, parentes e conhecidos, todos nós estamos sofrendo hoje demais, pelo que ele fez. Não tem justificativa, mais um feminicídio, eu acho que o nosso país tem que acabar com essa matança de esposas, de namoradas, porque isso é um absurdo. Samir Sagi El-Aouar, pai de médica morta em Colatina
O ex-prefeito ainda disse que espera que o marido da filha permaneça preso. "Eu espero que daqui pra frente, seja feita justiça principalmente, mantê-lo preso até o final dos fatos", finalizou.
Juliana foi enterrada às 16h no Cemitério Vale das Flores, em Teófilo Otoni.
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