Mulher mandou matar o irmão na Serra por herança de família
O marido da acusada e um outro homem também foram presos pelo crime
A mulher presa acusada de mandar matar o próprio irmão foi motivada pela herança da família, segundo a Polícia Civil. O marido dela, que é acusado de ajudar a planejar o crime, também foi preso. De acordo com a polícia, os dois pagaram R$ 8 mil para uma dupla de pistoleiros executarem a vítima, o açougueiro Cleuton Lopes da Silva, de 32 anos, na Serra.
A auxiliar de serviços gerais Leilza Lopes de Moraes, de 40 anos, e o dentista aposentado Flávio Amado de Moraes, de 61 anos, foram detidos no dia 7 de fevereiro. A mulher estava no trabalho, na Enseada do Suá, Vitória. Já o marido foi capturado em casa, no bairro Jacaraípe.
“Os mandantes foram a irmã da vítima e o cunhado, motivados por desavenças que a irmã teve com a vítima relativas à partilha da herança deixada pelo genitor dos dois”, explicou o delegado Ramiro Diniz, adjunto da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
A briga começou antes mesmo do pai deles morrer. “Cleuton e outra irmã foram até o Maranhão e venderam 20 cabeças de gado, para custear o tratamento do pai e a estadia deles lá. Leilza já começou a criar problemas aí, querendo parte do valor dessas cabeças de gado”, contou Ramiro.
A discussão teria evoluído para ameaça e acabado em assassinato. Leilza e o marido contrataram Breno Azevedo Chaves, de 33 anos, para matar o açougueiro. Breno chamou o comparsa, José Carlos Rodrigues Soares, de 43 anos, e os dois encurralaram a vítima enquanto ela chegava em casa, no dia 25 de outubro de 2020. Eles atiraram em Cleuton na porta de casa e depois fugiram.
Em julho de 2021, José Carlos foi morto queimado, dentro de uma pilha de pneus, em Putiri, na Serra. “Já conseguimos identificar que o crime foi efetuado como forma de queima de arquivo, relacionado ao homicídio de Cleuton”, ressaltou o delegado, que ainda apura quem teria ordenado a execução.
Em 4 de janeiro deste ano, Breno foi capturado. No mês seguinte, foi a vez do casal. “O inquérito foi concluído e foi feito cumprimento de prisão preventiva contra eles. Todos vão responder pelo homicídio”, pontuou Ramiro.
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