Mulher é morta a facadas enquanto dormia
O principal suspeito fugiu e ainda não foi encontrado
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Uma técnica de enfermagem foi morta a facadas enquanto dormia dentro de casa, na madrugada deste sábado (12), em Feu Rosa, na Serra. O principal suspeito é o marido da vítima, que fugiu e ainda não foi encontrado.
Quem encontrou o corpo da mulher foi a filha mais velha do casal, de 17 anos, que estava acordada na hora que o crime aconteceu.
Maria de Fátima Pereira Analio da Silva era casada com o suspeito do crime há 19 anos. Eles têm três filhos, e foi a mais velha que presenciou a cena. Para os familiares a menina contou que estava no quarto dela, que fica ao lado do quarto do casal, e por volta de 1h20 escutou um barulho. Logo em seguida viu o pai saindo pela porta de casa dizendo "não fui eu". Ela correu para o quarto da mãe e encontrou a mulher caída no chão já morta.
A irmã da vítima Delcimara Pereira Analio Lírio, dona de casa, de 53 anos, contou que a sobrinha disse ter arrancado a faca do pescoço da mãe e corrido atrás do pai.
“Ela viu o pai passando e falando “não fui eu”. Ela achou estranho e foi até o quarto da mãe ver o que tinha acontecido, mas chegando lá encontrou minha irmã já morta, com a faca no pescoço. Ela disse que tirou a faca e tentou correr atrás do pai, mas ele entrou dentro do carro, ligou o som alto e fugiu”
O caso, que está sendo tratado como feminicídio, foi antecedido por uma sequência de acontecimentos. De acordo com Delcimara, a irmã teria sido asfixiada pelo marido na terça-feira e precisou ser internada no Pronto Atendimento de Castelândia, onde dormiu. No dia seguinte, após o trabalho, ela foi para a casa de uma amiga, onde passou a noite. A amiga de Maria de Fátima, uma dona de casa de 40 anos, preferiu não se identificar, mas contou que a amiga temia pela própria vida e pela vida dos filhos.
“Ela estava aterrorizada e com medo dele fazer algo com ela. Na noite anterior ele ameaçou ela e as crianças com um facão. Ela passou o dia lá em casa, passou a noite, dormiu lá em casa. Ela queria o casamento restaurado e acreditava na mudança dele”
A Polícia Civil disse que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e até o momento, nenhum suspeito do crime foi detido. Somente após a autoridade policial que estará à frente das investigações formar sua convicção, pautada na análise dos elementos coletados no inquérito policial, que se poderá afirmar a presença de uma qualificadora, inclusive a do feminicídio.
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