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Polícia

"Meu filho seria pai de gêmeos", diz mãe de jovem morto por policiais

Cléia Louza Rebouças conversou com a reportagem de A Tribuna e contou que nunca imaginou que o filho pudesse ser morto nas mãos de policiais


Aos prantos e ainda sem acreditar que não verá mais o filho, a mãe do  adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, assassinado na manhã de quarta-feira (1º), em Pedro Canário, Norte do Estado, disse que está revoltada com a morte do rapaz. 

Ela conversou com a reportagem de A Tribuna, na manhã de quinta-feira (2), e contou que, mesmo sabendo do envolvimento do rapaz com o crime, nunca imaginou que ele  pudesse ser morto nas mãos de policiais. 

A trabalhadora rural, 39, Cléia Louza Rebouças,  contou ainda que lutou muito para que o jovem saísse do crime. "Sempre fiz de tudo, mas nunca esperei que isso fosse acontecer e da forma que foi". 

A Tribuna – Como ficou sabendo da morte do seu filho?

Cléia Louza Rebouças – Eu estava trabalhando na roça e recebi ligação no celular da minha irmã. Quando eu atendi, era uma vizinha e ela disse: "Cléia, eu acho que acabaram de matar Eduardo". 

Eu desmaiei e  não vi mais nada. Depois, eu acordei gritando desesperada. Só sabia chorar e gritar. 

Quando descobriu o que de fato havia acontecido?

Quando eu cheguei ao local. Não quis nem ver esse vídeo na hora. Na verdade, eu não vi. Não tenho forças para olhar. 

Seu filho estava envolvido com o crime?

Infelizmente, ele e o irmão se envolveram. Mas esse negócio de que o Carlos Eduardo estava envolvido em um homicídio não existe. Meu filho nunca matou ninguém. Quando aconteceu essa morte que eles estão falando,  meus filhos não estavam aqui. 

Imagem ilustrativa da imagem "Meu filho seria pai de gêmeos", diz mãe de jovem morto por policiais
Eduardo Rebouças Barros tinha 17 anos de idade |  Foto: Reprodução/Instagram

Como recebeu a notícia da morte do seu filho em uma situação que envolve os policiais?

Eu nem sei o  que falar. Eu acho muito injusto, porque os militares estão na rua para poder proteger  e não matar. Eu não aceito a forma que eles fizeram. 

Um dia antes de o meu filho morrer, ele mandou mensagem dizendo que queria mudar de vida. Meu filho seria pai de gêmeos. A atual companheira dele está grávida de cinco meses. 

Meu filho queria sair dessa vida. Por que os policiais não o levaram preso? Por que atiraram? 

Por que  acha que atiraram no seu filho?

Não sei ao certo. Mas o Carlos era um adolescente e sabia que ele dava trabalho. Talvez porque riu desses policiais não sei. Só sei que esses mesmos policiais foram na minha casa, invadiram mais de 5 vezes e quebraram minha porta, sem mandado de busca e apreensão. 

Eles alegaram o quê?

Falavam que queriam meus filhos. O Carlos Eduardo é gêmeo com outro. Eles diziam que queriam matar meus filhos. Na última semana, um foi lá e falou que ia matar meus filhos.  Quebraram minha casa toda. Eu sou trabalhadora rural, trabalho duro desde meus 10 anos de idade. Saio de casa às 4h30 e só chego à noite. Luto para ter minha casa e eles quebraram.

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