Mais um abrigo clandestino é fechado no Sul do ES
O fechamento acontece 13 dias após a denúncia de outro local que funcionava de forma ilegal
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Treze dias após o fechamento de um abrigo clandestino em Itapemirim, no Sul do Estado, outro espaço foi fechado nessa quarta-feira (1º).
No local foram encontradas seis pessoas com transtornos mentais, sendo cinco homens e uma mulher. De acordo com a Polícia Civil, as diligências aconteceram após denúncias de populares.
Segundo a prefeitura, o espaço não apresentava alvará de funcionamento, nem a licença sanitária. Além disso, a Vigilância Sanitária municipal recolheu remédios vencidos e outros sem identificação.
O delegado que acompanha o caso, Djalma Pereira, revelou à reportagem que a alimentação dos internos era insuficiente e não tinha qualidade – uma vez que “a geladeira não tinha qualquer alimento com proteínas, eles estavam sendo alimentados com arroz, feijão e farinha”.
Djalma informou também que as pessoas dormiam em um colchão no chão, sem coberta, lençóis e roupas de cama. E, aqueles que precisavam receber um tratamento especializado devido a doenças que tinham, não recebiam.
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Ainda segundo o delegado, a primeira pessoa identificada como responsável do local, um homem de 38 anos, havia trabalhado como gesseiro no Hospital Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim e em uma ONG no mesmo município, onde quase todos os internos tinham passagem.
Além desse indivíduo, outra pessoa deve ser identificada na ação, já que é quem ficava com os documentos e cartões de benefícios dos internos.
O delegado comentou, ainda, que a polícia recebeu uma denúncia de abuso sexual envolvendo uma das internas. Ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para que o perito possa determinar o tipo de lesão.
Dos seis internos, dois foram acolhidos por familiares. Outros três conseguiram acolhida da família por meio de intermediação da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. Um dos internos foi levado para um abrigo legalizado em Cachoeiro de Itapemirim.
A Polícia Civil informou que cuidará do indiciamento dos acusados. Já a prefeitura, revelou que ficará responsável pela questão social das seis pessoas.
Abrigo também foi fechado
No dia 19 de janeiro, um abrigo clandestino foi fechado em Itapemirim e a responsável pelo local já foi indiciada. A casa contava com doze internos, entre idosos, dependentes químicos e pessoas com problemas psiquiátricos, sendo 11 homens e uma mulher.
Na ocasião, a prefeitura afirmou que dez pessoas já haviam sido encaminhadas para casa de familiares, nos municípios de Castelo, Venda Nova do Imigrante, Cachoeiro de Itapemirim, Brejetuba e Vargem Alta.
Duas pessoas com deficiência mental seriam internadas até que os familiares seriam localizados e uma mulher que estava com duas crianças no espaço do asilo clandestino foi liberada.
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