Abrigo clandestino é fechado em cidade do ES
No local tinham 11 pacientes entre pessoas com deficiência, idosos e dependentes químicos
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Um abrigo clandestino localizado no distrito de Itaipava, em Itapemirim, Espírito Santo, foi fechado pela Delegacia Regional (DR) de Itapemirim nesta quinta-feira (19). No local, tinham 11 pacientes, entre pessoas com deficiência, idosos e dependentes químicos. Um inquérito policial foi instaurado para apurar os crimes praticados por uma suspeita com idade de 50 anos.
A ação foi realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), tendo a participação de servidores da Vigilância Sanitária e das secretarias de Ação Social e Saúde do município, e também de profissionais de apoio do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas).
O caso teve início quando os policiais receberam informações da Vigilância Sanitária de Itapemirim, detalhando que possivelmente existia um asilo clandestino no distrito de Itaipava. Foi informado que tentaram entrar no local, porém, a responsável pelo imóvel não permitiu. O delegado Djalma Pereira Lemos, titular da Delegacia Regional de Itapemirim, contou a polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão, e o cumpriu nesta quinta-feira (19).
De acordo com a Polícia Civil, os pacientes tinham entre 40 e 84 anos, e ao longo das operações no lugar, não ficou constatado maus-tratos. No entanto, eram os próprios idosos que desempenhavam funções dentro do abrigo, como cozinheiro, faxineiro e porteiro.
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A suspeita, de 50 anos, disse aos policiais que aquelas pessoas eram parentes dela, e, além, disso, os idosos não relataram maus-tratos. Porém as investigações apontaram que ela recebia valores para que os idosos ficassem no local, como: Bolsa Família, pensão e Pix. Também ficou constatado que o abrigo funcionava há mais de três anos.
A Polícia Civil informou que os internos foram identificados, catalogados e aqueles com famílias identificadas estão reinseridos aos familiares. Os idosos sem família identificadas serão levados para um abrigo regular e os remanescentes para outros locais de acolhimento.
A Polícia Civil recomenda: quem tiver conhecimento de outras clínicas ou asilos clandestinos, é importante denunciar pelo Disque-Denúncia 181.
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