Líder e membros do PCV são condenados a mais de 280 anos de prisão por homicídios
Réus, que já estavam presos preventivamente, cumprirão as sentenças em regime inicialmente fechado
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Foram condenados a penas que somam mais de 280 anos de prisão, Geovani de Andrade Bento, Felipe dos Santos Dantas e Felipe de Souza Oliveira. Eles foram julgados e condenados nesta terça e quarta-feira (26 e 27/08) por dois homicídios e três tentativas de homicídio ocorridos em 2020. Os réus, que já estavam presos preventivamente, cumprirão as sentenças em regime inicialmente fechado.
Geovani de Andrade Bento, conhecido como “Vaninho”, foi condenado a 107 anos e 6 meses de prisão. Ele também é apontado como um dos principais líderes da facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV).
Felipe de Souza Oliveira recebeu pena de 92 anos e 6 meses, enquanto a condenação de Felipe dos Santos Dantas totalizou 80 anos e 6 meses de reclusão. Todos foram condenados por cinco crimes, cada um deles com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O Ministério Público requereu a absolvição de Thaian Silva de Almeida, já que as provas constantes nos autos não foram suficientes para demonstrar sua participação no crime.
Relembre o caso
Em outubro de 2020, Geovani de Andrade, com o apoio de Lucas Depolo Muniz, coordenou um ataque no Centro de Vitória, que vitimou fatalmente Adriano Pereira do Amaral, 39 anos, e Kelvin Filgueiras da Silva, 28 anos. As ordens foram dadas aos outros três réus, que executaram as vítimas.
Segundo as investigações, Adriano Pereira era motorista de aplicativo e tinha combinado de fazer uma corrida particular para as vítimas, que estavam na Rua da Lama, em Vitória, e iriam retornar para a Praia da Costa. No veículo, além de Kelvin Filgueiras, estavam Maicon Reis, André Luiz dos Santos e Victor de Jesus da Silva.
Dois passageiros que estavam no banco de trás ficaram feridos e precisaram ser socorridos, porém Kelvin, que foi atingido na cabeça e nas costas, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Já Adriano, baleado na cabeça e no ombro, morreu no local. O quarto passageiro saiu ileso e prestou depoimentos.
Os criminosos teriam emparelhado o carro do motorista de aplicativo, desembarcado e disparado cerca de 40 tiros contra o veículo em que as vítimas estavam. De acordo com a Polícia Civil, o crime foi motivado pela disputa de organizações criminosas.
A Secretaria de Segurança Pública informou que o motorista de aplicativo não tinha passagem pela polícia. Quanto aos passageiros, o órgão disse que alguns têm passagem, mas não detalhou quais.
Ainda conforme as investigações, horas antes do ataque, a Polícia Militar apreendeu uma pistola de calibre 380 na casa de Kelvin, que não foi encontrado no local pelos policiais no momento em que cumpriam o mandado de busca e apreensão.
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