Justiça manda suspender Telegram por falta de dados sobre massacre no ES
A identificação dos grupos neonazistas na plataforma foi feita durante as investigações do ataque a uma escola em Aracruz, em novembro do ano passado
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A Justiça Federal mandou tirar do ar o aplicativo Telegram no Brasil, atendendo a um pedido da Polícia Federal. A informação foi passada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, a jornalistas durante uma agenda oficial no Ceará, nesta quarta-feira (26). De acordo com o portal g1, a determinação de suspender a plataforma foi tomada depois que empresa não entregou todos os dados sobre grupos neonazistas que se comunicam pelo aplicativo, incluindo no Espírito Santo.
A identificação dos grupos neonazistas na plataforma foi feita durante as investigações do ataque a uma escola em Aracruz, em novembro do ano passado. Um adolescente invadiu duas escolas do município e matou quatro pessoas (sendo três professoras e uma estudante), além deixar diversas pessoas feridas.
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Durante as investigações, a polícia descobriu a interação do atirador com grupos de conteúdos antissemitas pelo Telegram. Foi pedido que a plataforma entregasse todos os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime de Aracruz.
O Telegram não forneceu os números de telefone e a PF pediu a suspensão do aplicativo, que foi atendida pela Justiça Federal. A determinação é que a plataforma seja retirada das lojas de aplicativos imediatamente assim que as empresas responsáveis por elas receberem a notificação, que deve ser enviada ainda na tarde desta quarta.
A Justiça ainda aumentou o valor da multa ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
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