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Polícia

Juíza apontou contradições de policial penal suspeito de assaltar clube de tiros

Prisão de Esdras da Silva Endlich aconteceu na última sexta-feira


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Imagem ilustrativa da imagem Juíza apontou contradições de policial penal suspeito de assaltar clube de tiros
Vítimas de assalto precisaram fazer buraco na parede para sair. Esdras (destaque) foi preso por envolvimento no caso |  Foto: Reprodução / TV Tribuna

Está preso o policial penal Esdras da Silva Endlich, de 41 anos, por suspeita de envolvimento no assalto ao Clube de Tiro de Domingos Martins, que fica localizado em Alto Nova Almeida, distrito de Marechal Floriano, na região Serrana do Estado.

O crime aconteceu no dia 8 de abril e na ocasião um idoso de 71 anos, dono do estande, a esposa dele, de 47, e a filha de 16, ficaram presos dentro do estabelecimento, enquanto a quadrilha, formada por quatro pessoas, roubava mais de 20 armas do local e 41 mil munições.

A Justiça comprovou a relação de Esdras com os outros dois envolvidos no crime: Natanael da Silva Paulo e Sidnei Rodrigues, este último seria o mentor do assalto. Conversas recuperadas do celular dos envolvidos mostra a relação deles e contribuiu para a prisão. 

A juíza pediu a prisão preventiva de Esdras – ocorrida na última sexta-feira (02) – e detalhou os motivos em documento, entre eles a omissão na entrega de chave de um cofre que estava em poder dele e o fato do policial ter entregue à polícia um aparelho celular diferente do que ele usava no período do crime. Além disso, Esdras citou em depoimento o veículo roubado do dono do estante de tiros, sem que o carro tivesse sido mencionado pelos policiais.

Esdras também é suspeito de forjar um furto à própria loja de armas, localizada no centro de Marechal Floriano. O fato aconteceu dois dias antes do assalto ao clube de tiro e o policial penal havia registrado queixas por um arrombamento. O policial penal também é suspeito de vazar informações que prejudicaram uma operação policial que iria acontecer do dia 11 de junho em Manhuaçu, município de Minas Gerais.

Outro fator determinante para a prisão é que no telefone dele foram encontradas mensagens trocadas com o mentor do crime, Sidnei. Outras conversas, retiradas do telefone de Natanael, outro envolvido, mostram Sidnei e Natanael combinando para onde iriam levar o material furtado na loja de Esdras.

O carro que foi usado para praticar o assalto no clube de tiros também foi flagrado transitando em direção a onde mora o Esdras no dia anterior ao crime e no dia do assalto, saindo dessa mesma região. 

Diante dos fatos e das contradições apontadas no depoimento, o policial penal foi levado para o presídio e a polícia informou que apura o envolvimento do servidor público nos crimes. 

RELEMBRE O CASO

Uma quadrilha fez um casal e a filha deles reféns para roubar armas e munições em um clube de tiro, na região de Ponto Alto, em Domingos Martins, na região Serrana do Espírito Santo no dia 8 de abril. Os criminosos levaram 22 armas e cerca de 20 mil munições de diversos calibres.

Aos policiais militares, o casal informou que, por volta das 10 horas, o interfone da casa deles tocou. A mulher saiu da residência para ver quem era e, quando ela se aproximou da porteira, viu um homem. Ele se identificou como oficial de Justiça.

Neste momento, o marido da vítima decidiu ir ver o que estava acontecendo e, quando ele se aproximava mulher, o suspeito sacou uma pistola e rendeu o casal. O criminoso ameaçou os dois e disse que era para eles não reagirem.

O homem foi algemado com os braços para trás e teve uma arma apontada para a cabeça dele. Em seguida, três comparsas do assaltante saíram de um carro branco parecido com o veículo que estava estacionado em frente à porteira de entrada do clube de tiros.

Um dos comparsas cortou a energia elétrica do local e o restante da quadrilha entrou no pátio do clube de tiro.

Os criminosos fizeram o morador levá-los até a casa dele, onde estava o cofre. No compartimento, os suspeitos roubaram uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 357, dois rifles de ferrolho calibre 22, uma caixa de som, um smartwatch, cinco facas e três celulares. As documentações de registro dos armamentos também foram levadas.

"Minha neta disse que nunca viu um desespero tão grande. Ela disse que acordou e o pai e a mãe já estavam algemados. Ninguém podia nem olhar para a cara deles", contou a avó da filha do casal, em entrevista a TV Tribuna.

As vítimas ainda foram obrigadas a levar os criminosos até o estande de tiro. No local, mais 18 armas foram roubadas pelos assaltantes, que também pegaram munições.

Cartões de crédito, um computador e o carro da família também foram roubados pela quadrilha, que trancou a família dentro do estante de tiro. O local é lacrado e, para sair, as vítimas tiveram que fazer um buraco na parede.

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