Granadas são vendidas a R$ 100 em Cariacica
Jovem de 25 anos foi preso e confirmou que comprou o explosivo no bairro Jerusalém. Artefato foi detonado pela polícia
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Uma ocorrência envolvendo a prisão de três homens serviu para a alertar a polícia sobre um perigoso mercado que está sendo explorado por bandidos no Estado: a venda ilegal de granadas.
Em Cariacica, por exemplo, o artefato está sendo vendido por R$ 100. Foi o que revelou um jovem, de 25 anos, identificado como Lenon Rangel.
Ele foi preso junto com outros três suspeitos, na manhã de ontem, em cumprimento a um mandado de prisão por roubo de carro, em Campo Grande, Cariacica.
“Ele confirmou que era dele e disse que havia adquirido no bairro Jerusalém pelo valor de R$ 100”, afirmou o titular da Delegacia de Furto e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais da DFRV encontraram uma granada na casa do rapaz.
O objeto foi levado para a delegacia, que fica no bairro Ilha de Santa Maria, em Vitória, onde o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Missões Especiais (BME), da Polícia Militar, foi acionado.
Ao analisar o objeto e descobrir que de fato ele possuía um grande poder de destruição, os militares detonaram a granada no pátio do Plantão Especializado da Mulher (PEM), que fica no mesmo prédio onde a DFRV funciona.
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“A granada era letal, um artefato bastante perigoso que poderia causar a morte de qualquer pessoa”, disse o soldado Menezes, do Esquadrão Antibombas, que atendeu a ocorrência na manhã de ontem.
Segundo o policial, está cada vez mais comum encontrar esse tipo de artefato. “Está sendo bastante comum encontrar esse artefato, um material com pólvora que é altamente sensível. Se ele tiver alguma coisa de metal que faça contato lá dentro, pode provocar fagulha e essa fagulha iniciar uma explosão”, disse o soldado.
Preso
Enquanto estava dentro da viatura, no momento que aguardava pela detonação da granada, um dos presos confirmou à reportagem de A Tribuna que havia comprado o explosivo por R$ 100 no bairro Jerusalém, em Cariacica.
Inicialmente, ele alegou que comprou para se proteger, devido às ameaças que recebia, depois disse que não sabia que o material era de verdade.
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