Filho de PM foi assassinado a tiro na Serra por causa de ciúme
Foi por não aceitar o fim do relacionamento que um serralheiro, de 27 anos, teria mandado matar o chapeiro Daniel Moreira Patrício, 23, filho de um sargento da Polícia Militar, em agosto deste ano, na Serra. Ele é acusado de encomendar o crime e, com um funcionário e o atirador, assassinar o jovem enquanto ele chegava em casa, depois de um dia de trabalho.
O acusado de ser o mandante do crime foi preso no dia 21 de setembro, em Goiabeiras, Vitória. Já os outros dois foram detidos um dia depois, em Jacaraípe, na Serra.
De acordo com a polícia, o serralheiro teria começado a planejar o crime depois que viu a ex-mulher conversando com Daniel, no portão da casa dele, em Laranjeiras, na Serra, no dia 31 de julho. Os dois tinham se conhecido pela internet e era a primeira vez que se encontravam.
“Ele chegou a falar que a ex o tinha enganado. Ficou aguardando ela sair da casa da vítima e a deixou em casa. Depois, voltou até a residência do Daniel e ficou olhando. A partir desse momento começou a planejar o crime”, afirmou o delegado Daniel Fortes, adjunto da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
No dia 3, o serralheiro teria procurado um funcionário dele, 19 anos, e pedido para que o jovem conseguisse alguém “com disposição para o assassinato”. O rapaz teria ligado para um cunhado, 23 anos, que teria aceitado e cobrado R$ 3 mil, ainda de acordo com a polícia.
Os três teria se encontrado em um campo de futebol e depois seguido para o local do crime. “O executor e o intermediário ficaram sentados na calçada de Daniel, enquanto o mandante foi para a avenida monitorar a saída da vítima da lanchonete onde trabalhava, que ficava a poucos metros de casa”, explicou o delegado.
Daniel chegou a ver a dupla sentada em frente ao portão dele e desconfiou, mas, como o jovem de 19 anos estava usando um uniforme, ele achou que não haveria nenhum problema. Assim que tirou a chave para abrir o portão, a vítima foi surpreendida pelos tiros.
“Os tiros pegaram nele ainda de costas. Depois, os três fugiram de carro e foram para a casa do executor tomar banho e se livrar das provas, já que o revólver tinha gerado muita pólvora”, disse Fortes. Os acusados ainda seguiram para Linhares, no Norte do Estado, dizendo para a família que fariam um serviço no município.
A polícia informou que, dos três, apenas o serralheiro não confessou o crime. Eles vão responder por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, e já foram encaminhados ao presídio. Nenhum deles tinha passagem pela polícia.
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