Ex-aluno planejou ataque a escolas de Aracruz há 2 anos
Foram mais de 700 dias em que o atirador pensou como e onde tiraria a vida de pessoas inocentes
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O adolescente de 16 anos concluiu na manhã de sexta-feira (25), nas duas escolas de Coqueiral de Aracruz, um crime com riquezas de detalhes que planejou nos últimos dois anos.
Foram mais de 700 dias em que o acusado pensou como e onde tiraria a vida de pessoas inocentes.
A informação foi repassada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, durante uma coletiva de imprensa na tarde de sexta. “Ele planejou esse fato durante dois anos, mas o motivo ele não falou qual”, afirmou o governador.
Na manhã de sexta, o adolescente acordou, vestiu uma roupa camuflada parecida com a de militares do Exército, inclusive cobrindo o rosto, e, em seguida, foi até o cofre do pai, que é policial militar, para buscar as armas dos crimes.
Já de acordo com o delegado que acompanhou o caso, Leandro Sperandio, o adolescente, durante os dois anos em que planejou o crime, conseguiu descobrir a senha do cofre em que o pai guardava as armas.
Ainda segundo o governador, o adolescente usou duas armas, sendo uma da Polícia Militar e uma de uso pessoal do pai dele. Com elas, ele pegou o carro do pai, um Renault Duster dourado, foi até a primeira escola e praticou o crime.
“Houve um planejamento de ataque, mostrando como a cultura de violência está presente em algumas pessoas e, infelizmente, em alguns jovens. Isso é um problema de saúde mental que a sociedade hoje está enfrentando. A gente tem que cuidar das nossas famílias e cuidar das nossas escolas com saúde pública”, disse.
O atentado aconteceu em duas escolas e resultou em 13 feridos e três mortos. Segundo o delegado-geral José Darcy Arruda, o adolescente não tinha um alvo definido na escola e, a princípio, chegou atirando em pessoas aleatórias.
De acordo com a prefeitura, o atentado aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, que fica em Coqueiral de Aracruz e, em seguida, no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), de ensino privado.
O acusado teria entrado na escola Primo Bitti, na sala dos professores e em outras salas, com uma pistola e vários carregadores e efetuado os disparos.
Após o atentado na escola estadual, o acusado saiu no carro Renault Duster dourado em direção ao colégio particular, onde fez a mesma coisa.
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