Empresa do ES é interditada suspeita de aplicar golpes em idosos
Pelo menos 13 clientes foram vítimas. Eles contratavam empréstimos e recebiam um valor abaixo do combinado
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Uma empresa de crédito consignado de Afonso Cláudio, na região Serrana do Estado, foi interditada nesta quarta-feira (12) após denúncias de que pelo menos 13 clientes foram vítimas de golpes ao contratar empréstimos no local. A polícia estima um prejuízo superior a R$ 100.000,00 às vítimas.
A dona da empresa e uma funcionária são investigadas pelos golpes. Segundo a polícia, as vítimas recebiam um valor abaixo do contratado no empréstimo e a empresa afirmava que o dinheiro descontado era para despesas de banco.
Além disso, as vítimas também tiveram seus benefícios previdenciários transferidos para outros bancos digitais. Com a portabilidade do benefício, as suspeitas passaram a ter total controle das contas desses clientes, fazendo inclusive empréstimos no nome deles e transferindo o valor para suas contas pessoais ou para terceiros, por meio de Pix.
De acordo com as investigações, as suspeitas se aproveitavam da idade avançada e da falta de familiaridade dos idosos com tecnologias bancárias para aplicarem os golpes financeiros.
A operação da Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão, sendo um deles no endereço da empresa, com o objetivo de apreender aparelhos celulares, computadores e documentos para contribuir com as investigações.
“Num único inquérito constam pelo menos 13 vítimas, a grande maioria de pessoas idosas, que foram ludibriadas pela empresa, e a princípio estima-se um prejuízo superior a R$ 100.000,00”, completou o delegado Julio Cesar Cortina.
Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, também foi feita a quebra de sigilo bancário das suspeitas, além da medida de bloqueio judicial nas contas delas, para assegurar uma possível reparação dos danos sofridos pelas vítimas. Também foi aplicada a suspensão da atividade empresarial realizada pelas suspeitas.
“A Polícia Civil de Afonso Cláudio pede à população que tenha feito empréstimos consignados com a empresa que verifique seus extratos bancários para saber se não houve algum desvio de valores em suas contas”, alertou o delegado Julio Cesar Cortina.
As investigações agora vão continuar para verificar outros delitos cometidos, além do estelionato, como falsidade ideológica, furto mediante fraude, entre outros.
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