Diácono é baleado com três tiros em Cariacica
Para a mulher do jovem de 25 anos, ele foi confundido com criminosos rivais por não ter abaixado os vidros do carro
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Ao passar de carro em uma rua do bairro Novo horizonte, em Cariacica, na noite do último domingo (15), um porteiro que atua como diácono de uma igreja evangélica em Vila Velha, de 25 anos, foi vítima de três tiros que o acertaram na região do pescoço e barriga.
Socorrido para o Hospital de Urgência e Emergência (HEUE), o jovem encontra-se na tarde desta terça-feira (17) em estado grave, correndo o risco, inclusive, de perder os movimentos das pernas.
Aos familiares do diácono, testemunhas contaram que um homem, que estava em pé na rua onde aconteceu o crime, percebeu que o carro da vítima passava pelo local e atirou na direção dele, sem falar nada. Para a mulher do jovem, ele foi confundido com criminosos rivais, por não ter abaixado os vidros.
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“Meu esposo tem mania de andar com os vidros do carro fechados. E nesse bairro onde ele passou, os traficantes estão em guerra porque mataram algumas pessoas deles. Então, eu acredito que confundiram ele com algum rival”, disse a estudante de direito, de 22 anos e que pediu para não ser identificada.
Ela contou que recebeu a notícia por meio do próprio marido, que chegou a ligar para ela assim que foi atingido pelos tiros. “ Ele me ligou, dizendo que ia morrer”, afirma.
Após atirar no diácono, o atirador fugiu do local e não foi encontrado pela polícia. A vítima foi socorrida por moradores que ligaram para o Samu. Ele foi levado para o HEUE, onde segue internado em estado grave. A informação é da mulher da vítima, uma estudante de Direito, de 22 anos.
Segundo ela, o rapaz corre um sério risco de perder os movimentos das pernas. “Os médicos me disseram que ele pode perder os movimentos das pernas. Ele levou um tiro na coluna, né? Então, não sabemos ainda como vai ser”, disse a jovem, que pediu para não ser identificada.
A mulher informou ainda que o marido está internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Ele está na UTI, o estado é grave, segundo os médicos. Eu fico com uma mistura de sentimentos, de injustiça, por tudo que aconteceu e ao mesmo tempo de angústia, de não poder estar lá, do lado dele”, afirma.
De acordo com testemunhas, o atirador seria um homem que estava no local, “monitorando” a rua, devido a guerra do tráfico que o bairro enfrenta. A suspeita da polícia e da família é de que o rapaz tenha sido confundido.
No bairro onde ele foi vítima de tiros, os moradores confirmaram que gangues rivais estavam atacando as gangues da região e que por conta disso, os bandidos estariam monitorando todo carro que entra e sai de lá. Muitos moradores relataram o medo que sentem por saber que a região está tomada pelo tráfico.
“Moro aqui desde que nasci e nunca vi isso aqui. Agora, estou pensando em motorizar um portão de casa”, disse um aposentado, de 67 anos.
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