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Polícia

Dentista do ES foi assassinado por homofobia, conclui polícia

Corpo de Edgleyson Abraão da Silva, de 28 anos, foi encontrado em uma área de restinga em Guriri, São Mateus, no dia 20 de novembro


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Imagem ilustrativa da imagem Dentista do ES foi assassinado por homofobia, conclui polícia
Edgleyson Abrão foi encontrado morto no dia 20 de novembro |  Foto: Divulgação

A Delegacia de Polícia (DP) de Conceição da Barra concluiu o inquérito do assassinato do dentista Edgleyson Abraão da Silva, de 28 anos, que ocorreu no dia 18 de novembro deste ano, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Segundo a polícia, o crime foi motivado por homofobia. O homem, de 27 anos, assassino confesso do dentista foi indiciado por homicídio e fraude processual. 

Edgleyson foi visto pela última vez no dia 18 de novembro, quando saiu de um bar em Guriri, São Mateus, acompanhado do acusado. Os dois entraram no carro do dentista, que desapareceu. O carro dele foi encontrado em uma estrada de chão, na região de Meleiras, na zona rural de Conceição da Barra, no dia seguinte ao desaparecimento. O corpo do dentista foi encontrado no dia 20 de novembro, na mesma região.  

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A investigação da Polícia Civil identificou que Edgleyson foi morto dentro do carro na região de Guriri, mas, como forma de tentar dificultar a apuração do assassinato, o corpo foi deixado na região de Meleiras, perto da divisa com Conceição da Barra.

Enquanto dirigia, o dentista discutiu com o acusado, que estava armado e matou Edgleyson com um tiro na cabeça. Após atirar e matar a vítima, o homem jogou o corpo do dentista para o lado do carona e assumiu a direção do veículo. 

O assassino confesso dirigiu em direção até um ponto de Guriri, onde parou o carro, colocou o corpo de Edgleyson no porta-malas e seguiu até a estrada de Meleiras, onde deixou o corpo em uma região de restinga. Depois, o homem voltou para o carro e seguiu para outro lugar ainda na região, onde incendiou o veículo. 

No dia 19 de novembro, o carro da vítima foi encontrado pela Polícia Militar incendiado e foi encaminhado ao pátio e periciado. Já no dia seguinte, o corpo do dentista foi encontrado em avançado estado de decomposição, em uma área de restinga entre o balneário Guriri, em São Mateus, e o município vizinho de Conceição da Barra.

Prisão e confissão do crime

Imagem ilustrativa da imagem Dentista do ES foi assassinado por homofobia, conclui polícia
Arma usada no crime foi apreendida |  Foto: Divulgação / Polícia Civil

O acusado foi preso durante uma operação conjunta das polícias Civil, Penal e Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada no dia 27 de novembro. O homem foi abordado na BR-101 e, com ele, foi localizada a arma do crime - uma pistola com indícios de remarcação -, um carregador, munições, um celular e R$ 950. 

Em depoimento, assim que foi detido, o homem confessou o crime, mas não confirmou que era namorado da vítima. Segundo o suspeito, Edgleyson era apaixonado por ele, mas eles eram somente amigos.

Ele alegou, que houve uma discussão entre a vítima e ele dentro do carro e, confessou que estava armado e disparou na perna e depois na cabeça da vítima.

Em seu segundo interrogatório, já preso, o investigado disse que via a vítima como amigo e que tiveram uma relação de mais de um ano, em que saíram juntos e viajaram. Disse ainda a vítima passou a gostar do investigado com um sentimento maior que somente amizade.

A equipe identificou que o investigado, apesar de não se afastar da vítima, não nutria por ela o mesmo sentimento e aparentemente mantinha a proximidade pelo que a vítima proporcionava a ele. A dinâmica do crime apontou uma discussão motivada por cobranças afetivas da vítima, utilizando os 'presentes' como forma de exigir reciprocidade.

O investigado, em um momento de extrema tensão, utilizou a arma do crime para pôr fim à situação. A subsequente tentativa de ocultar o corpo, incendiar o veículo e alterar a cena do crime revelou, segundo as investigações, uma frieza por parte do acusado.

A equipe da Delegacia de Polícia de Conceição da Barra concluiu as investigações e indiciou o assassino confesso do dentista pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe (homofobia) e fraude processual. O homem segue custodiado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina.

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