Criminosos ficaram 4 horas dentro de apartamento invadido em Vila Velha
Dona do imóvel sofreu um prejuízo de mais de R$ 1 milhão
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A empresária, que teve o apartamento invadido na Praia de Itaparica, em Vila Velha, na tarde de quarta-feira (17), relatou para a TV Tribuna o que ela já sabe sobre a ação dos criminosos durante o período da invasão. O prejuízo estimado da vítima é de mais de R$ 1 milhão em dinheiro e joias.
De acordo com a empresária, que não quis se identificar, os suspeitos ficaram cerca de quatro horas dentro do apartamento.
"Eles entraram e saíram tranquilamente. Eram dois indivíduos de moletom, com boné. A portaria pegou um nome e o número do apartamento que eles gostariam de ir. Ligaram para a diarista e ela liberou a entrada. Falaram que eram prestadores de serviço, então o porteiro liberou. Eu saí e cerca de 30 minutos depois eles entraram. Ficaram no apartamento em torno de quatro horas", contou ela, que afirmou estar traumatizada.
"Estou em estado de choque. Não vou mais conseguir morar aqui. Está sendo tudo muito difícil. Invadiram o apartamento e levaram tudo o que eu tinha. E se eu tivesse voltado antes? Se tivesse acontecido alguma coisa pior, tanto dentro do meu apartamento quanto no condomínio? Aqui sempre tem muitas crianças brincando. Então estou muito assustada. Os danos materiais a gente recupera. Agradeço a Deus por estar com a minha vida intacta", ressaltou a empresária.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia chegou ao local e encontrou a diarista presa no quarto, com as mãos amarradas e chorando. Aos agentes, ela relatou que foi abordada dentro da residência por uma suspeita que estava armada. A funcionária disse que, após ser rendida, dois comparsas da criminosa entraram no apartamento.
A diarista relatou também que foi amarrada, trancada no quarto e agredida com uma coronhada na cabeça, o que a fez desmaiar.
Ainda em entrevista para a TV Tribuna, a empresária questionou a tranquilidade dos criminosos durante toda a ação.
"É um condomínio de luxo. A gente paga muito caro por isso aqui. É um condomínio na orla, então a gente espera um pouco mais de segurança. Eles desceram arrastando uma mala, desceram pelo elevador social e saíram pela porta da frente do condomínio, pela portaria da frente. Saíram arrastando uma mala pela orla e carregando um cofre no ombro", lembrou ela, que só foi avisada sobre a invasão horas depois.
"Recebi uma ligação às 16h da portaria do prédio perguntando se tinha acontecido alguma coisa no meu apartamento. Eu fiquei assustada e falei que não sabia, que não estava em casa. Aí me perguntaram se eu não sabia o que estava acontecendo e eu falei que não. Então falaram que tinha alguém gritando lá dentro. Pedi para empurrarem a porta para ver o que era e aí me contaram que o apartamento estava todo revirado e que a funcionária estava com as mãos amarradas", contou.
Até o momento, nenhum criminoso foi localizado.
A Polícia Civil voltou ao local do crime, no início da tarde desta quinta-feira (18), para realizar uma nova perícia em busca de pistas.
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