Criminosos do ES pagam até R$ 100 mil por mês para se esconder em favelas do RJ
Delegado afirma que traficantes do Estado chegam a pagar esse valor para se manter fora do alcance da polícia capixaba
O Rio de Janeiro, conhecido mundialmente por suas praias e cartões-postais – e agora pelo cenário de guerra que deixou mais de 120 mortos na megaoperação realizada na última terça-feira –, virou esconderijo cobiçado por traficantes de todo o País.
Entre eles estão criminosos do Espírito Santo, que chegam a pagar até R$ 100 mil por mês a traficantes do Rio na tentativa de se manterem fora do alcance da polícia capixaba, abrigados nas favelas cariocas, sobretudo nos complexos do Alemão e da Maré.
A revelação foi feita pelo delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) da Polícia Civil. Segundo ele, a quantia também é paga por traficantes de outros estados, que chegam a incluir outros criminosos “no pacote de proteção”.
O delegado explicou que muitos criminosos se escondem no Rio e, de lá, dão ordens para os demais integrantes das facções Terceiro Comando Puro (TCP) – que surgiu após uma dissidência do Comando Vermelho (CV) – e do grupo rival Primeiro Comando de Vitória (PCV).
Mesmo escondidos no Rio, esses criminosos continuam sendo monitorados pela polícia capixaba, que aguarda o momento certo para prendê-los.
Entre os exemplos citados pelo delegado está o traficante Fernando Moraes Pereira Pimenta, conhecido como Marujo, preso no Espírito Santo em março de 2024.
“O Marujo, por exemplo, ficava no Rio, mas vinha para o Espírito Santo quando havia um conflito na facção dele. Ele queria mostrar presença”, contou o delegado.
Marujo comandava os bairros da Penha e Bonfim, ambos em Vitória, e respondia diretamente à cúpula do Primeiro Comando de Vitória (PCV), facção que domina a região e se estende por vários bairros da Grande Vitória e do interior do Estado.
O delegado acrescentou ainda que, da lista dos criminosos mais procurados do Espírito Santo, a maioria está escondida no Rio de Janeiro, embora ele não tenha revelado identidades por questões estratégicas de investigação.
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