Caso Ramona: motorista que atropelou e matou universitária vai a júri popular no ES
Wilker Wailant foi denunciado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificados
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Vai a júri popular o motorista Wilker Wailant – investigado por atropelar e matar a universitária Romana Bergamini Toledo, na época com 19 anos, e ferir outras pessoas após perder o controle do carro que dirigia, em março de 2020, na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha.
Wilker foi denunciado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificados. Na ocasião, o réu dirigia um veículo em alta velocidade e sob efeito de álcool, segundo o Ministério Público. Ele perdeu o controle do carro e invadiu a pista contrária, atingindo um poste semafórico, um ônibus, um automóvel e uma motocicleta, pilotada por Ramona Bergamini Toledo.
A universitária morreu em razão dos ferimentos causados pela colisão. Além dela, a motorista do automóvel atingido sofreu graves ferimentos e precisou ser encaminhada ao hospital.
Segundo o MPES, o motorista assumiu o risco de matar ao conduzir o veículo em alta velocidade e estando sob influência de álcool, expondo a risco as pessoas, incluindo motoristas e pedestres que transitavam ou estavam próximos à via, além dos passageiros do ônibus também atingido na colisão.
Conforme consta na denúncia, as vítimas tiveram a defesa dificultada, pois se encontravam com os veículos parados em um semáforo, sem esperar que pudessem ser atingidas, o que pode aumentar a pena de Wilker.
Após a batida, o motorista se recusou a soprar o bafômetro, mas, segundo investigações – incluindo depoimentos de médicos e socorristas –, ele apresentava hálito etílico e sinais visíveis de embriaguez.
Na época, ele chegou a ser preso em flagrante, autuado por homicídio culposo, mas foi solto no mesmo mês, após liminar de soltura concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A data do julgamento de Wilker ainda não foi divulgada.
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