Justiça nega pedido da defesa de Georgeval para adiar júri popular
Decisão foi anunciada na noite de sexta-feira. Julgamento começa na segunda
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A 1ª Vara Criminal de Linhares, cidade no Norte do Espírito Santo, negou o pedido da defesa do ex-pastor Georgeval Alves para adiar o júri popular, previsto para começar na próxima segunda-feira (03). Georgeval é acusado de espancar, estuprar e matar o filho Joaquim, de 3 anos, e seu enteado Kauã, de 6 anos. O crime aconteceu em 21 de abril de 2018.
Em seu pedido, a defesa de Georgeval argumentou que "há riscos à segurança do acusado e de seus advogados, os quais teriam sofrido ameaças e que, a imparcialidade dos jurados, poderia estar comprometida".
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Ao negar o pedido, o juiz destacou que a Defesa, "em momento algum do processo, questionou segurança ou imparcialidade do julgamento", mas que "somente no primeiro dia útil que antecede o julgamento (faltando 3 minutos para o encerramento do expediente) vislumbrou tal risco à segurança e à imparcialidade dos jurados".
Entenda o caso
O ex-pastor foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pela acusação de espancar, estuprar e matar o filho Joaquim e o enteado Kauã, em 21 de abril de 2018 na casa onde moravam no centro de Linhares no Norte do Estado.
Segundo a denúncia, Georgeval teria estuprado e torturado as vítimas, colocando-as desacordadas na cama localizada no quarto das crianças. “Logo em seguida, empregou agente acelerante (líquido inflamável) no local e ateou fogo, causando as mortes das vítimas por ‘carbonização’”, diz o documento.
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O júri popular do ex-pastor acontece no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, a partir das 9 horas desta segunda, e será comandado pelo juiz Tiago Fávaro Camata. A expectativa é de que o julgamento possa durar até três dias.
Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público do Espírito Santo, sendo um delegado, dois bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco pela defesa do ex-pastor.
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