Bebidas supostamente adulteradas eram vendidas pelas redes sociais no ES
Produtos eram vendidos por um preço abaixo do mercado em uma rede social

Uma investigação da Polícia Civil do Espírito Santo revelou um esquema de vendas de bebidas adulteradas por meio das redes sociais no Estado. Na manhã desta quinta-feira (2), o dono de um depósito de bebidas no bairro Feroviários, em Cachoeiro de Itapemirim, Região Sul do Estado, foi preso suspeito de vender os produtos a bares e pessoas físicas.
A investigação teve início a partir de denúncias da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que revelaram que o suspeito comprava uísques, gins e vodcas adulterados através de um fornecedor de São Paulo, e realizada a venda das bebidas por meio de um perfil em uma rede social.
Em depoimento, o suspeito revelou que as compras eram realizadas sem nota fiscal, e que estava ciente da origem duvidosa dos produtos e, por isso, vendia as garrafas por um custo abaixo do valor de mercado.
Ele relatou, ainda, vender em média 19 caixas por semana, cada uma contendo 12 garrafas, para consumidores e estabelecimentos do Sul do Estado. Os rótulos das embalagens indicavam produtos de marcas conhecidas no mercado, o que incentivava o interesse dos compradores.
O caso veio à tona em meio a um surto de casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas adulteradas no Brasil. Até o momento, já foram registrados 12 casos confirmados, e outros 59 estão em investigação, em São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Na manhã de hoje, ainda, a Bahia registrou a primeira morte por suspeita da intoxicação, o caso ainda é investigado.
Investigação
Após as denúncias, a investigação, denominada “Brinde Amargo”, que teve início em julho deste ano, monitorou as compras realizadas pelo suspeito, o que possibilitou o conhecimento da localização da residência dele e do depósito das bebidas.
No local, peritos da Polícia Científica, juntamente com um especialista da Abrabe, constataram a falsificação de diversas garrafas de marcas conhecidas. Exames preliminares, incluindo análise por cromatografia, confirmaram a adulteração dos produtos, que apresentam riscos à saúde.
Na residência do suspeito, ainda, foram apreendidos dinheiro, aparelhos celulares, equipamentos de informática, adesivos da distribuidora clandestina e uma máquina de cartão.
Após a operação, o suspeito foi conduzido à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim e autuado em flagrante ela pelo crime previsto de falsificação de produtos destinados ao consumo humano, cuja pena varia de 4 a 8 anos de reclusão.
Após os procedimentos legais, ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim (CDPCI).
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários